Violência sexual

Cuca quebra silêncio após saída do Corinthians: "Tentando juntar as peças e entender"

Assunto voltou à tona após protestos da torcida do Corinthians devido à contratação do técnico pelo clube

Cuca Cuca  - Foto: Reprodução

Após a demissão do Corinthians, o técnico Cuca viajou para Curitiba, no Paraná. A saída do clube foi motivada pela forte pressão da torcida e devido a uma condenação por violência sexual em 1989, na Suíça, por crime cometido em 1987 contra uma garota de 13 anos, em Berna. O caso, que ficou conhecido com o "Escândalo de Berna", voltou à tona na última semana e detalhes do processo estão sendo revisitados.

– Estou aqui com a família em Curitiba. Juntando as peças e tentando entender o que está acontecendo e o motivo disso – afirmou em contato rápido ao UOL.

Cuca foi apresentado no Corinthians no último dia 21 de abril, já sob forte resistência de parte da torcida, que não queria o treinador condenado por violência sexual à frente da equipe. Comandou o Timão por apenas dois jogos – uma derrota para o Goiás e uma vitória sobre o Remo – até não resistir à pressão e deixar voluntariamente o cargo: "um pedido da família".

Em julho de 1987, quando quatro jogadores do Grêmio — Cuca, Eduardo Hamester, Fernando Castoldi e Henrique Etges — foram acusados de estupro e ficaram detidos por um mês na Suíça, o clube enviou advogados e representantes para o país para resolverem as questões jurídicas e trazer os atletas de volta para o Brasil.

Na volta, Cuca ameaçou não entrar em campo em um jogo contra o Fluminense por estar insatisfeito com o desconto que foi feito no salário para arcar com os custos que o time teve com o caso. É o que revela uma reportagem do Globo publicada em 26 de setembro de 1987, quase dois meses após o retorno dos jogadores para o Brasil.

O agora ex-treinador corintiano disse ainda que a vítima não o reconheceu na época do crime e que sequer chegou a tocá-la. "Nunca toquei indevidamente uma mulher". Parte do processo que condenou ele, Henrique Arlindo Etges, Eduardo Hamester e Fernando Castoldi, no entanto, aponta que, não apenas a menina o reconheceu, como foi encontrado sêmen dele em seu corpo, conforme mostrou o Jornal Nacional.

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