Daniel Alves: duas amigas da vítima disseram que também foram assediadas pelo jogador
Além delas, outras seis testemunhas deram depoimento nesta sexta-feira (03)
Duas testemunhas que acompanhavam a mulher que acusa Daniel Alves de estupro na discoteca em Sutton, em Barcelona , confirmaram esta sexta-feira (03), perante o juiz que investiga o caso, que o jogador também as abordou por "questões sexuais". Uma amiga e uma prima da jovem de 23 anos, que foi assediada nos banheiros da área VIP do local, ratificaram o depoimento que prestaram ao Mossos d'Esquadra, que também coincide com o que a vítima explicou sobre o ocorrido na noite 30 de dezembro.
As três mulheres entraram na Sutton pouco antes das 14h no horário local (18h em Brasília) e foram convidadas por alguns amigos mexicanos para a área VIP. Chegando lá, um garçom, que também depôs como testemunha, as instruiu a se aproximarem da mesa onde estava Daniel Alves. A vítima explicaria mais tarde em sua denúncia que naquele momento ela não sabia quem estava à sua frente. Mas ela explicou que o jogador começou a "flertar" com as três, até que finalmente se aproximou dela, agarrou a mão dela e a levou ao pênis, momento em que ela se afastou.
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A investigação do estupro de que é acusado Alves, que nega os fatos, ainda está em andamento. Nesta sexta-feira, oito testemunhas depuseram perante o chefe do tribunal de primeira instância número 15 de Barcelona: as duas meninas e seis funcionários e gerentes da boate Sutton, que explicaram, entre outras coisas, como o protocolo contra agressões sexuais foi ativado para cuidar da vítima.
Um dos presentes foi o porteiro da boate, que viu como as três jovens saíram para a rua logo após os acontecimentos. Ao ver a jovem chorando e explicar que uma pessoa "muito importante" a havia agredido, ele a fez voltar para o local.
Todas as testemunhas, segundo fontes próximas ao caso, confirmaram o que já contaram em seus depoimentos perante o Mossos d'Esquadra. Os garçons, por exemplo, explicaram que Alves lhes disse para convidar as meninas para irem à mesa, ponto que o jogador havia negado. Em depoimento ao juiz no dia 20 de janeiro, Alves deu até três versões do ocorrido e só no final explicou que a vítima havia feito sexo oral nele nos banheiros.
Ela, no entanto, explicou que foi vítima de penetração vaginal violenta. Os restos biológicos, como o sêmen encontrado em seu corpo, e o laudo médico do Hospital Clínico, onde foi atendida, também apontam nessa direção.
O Tribunal de Barcelona deve decidir nos próximos dias se admite o recurso que a defesa do jogador, exercida pelo criminalista Cristóbal Martell , interpôs contra a ordem de prisão provisória expedida pelo juiz. O jogador de futebol brasileiro está preso desde 20 de janeiro.