Daniel Alves passa tempo na cadeia com tarefas de limpeza e tem cela individual
Jogador não tem privilégios e ocupa cárcere solitário para não despertar outros presos ao levantar para trabalhar
Um ex-companheiro de cela de Daniel Alves, acusado de estuprar uma mulher de 23 anos no banheiro de uma boate espanhola, revelou que o jogador passa o tempo na prisão realizando tarefas de limpeza e manutenção do local. A declaração foi divulgada pela repórter Silvia Álamo no programa Fiesta, da rede de televisão espanhola Telecinco.
Na exibição, o detento afirmou que Daniel tenta se manter ocupado no Centro Penitenciário Brians 2 — para não pensar muito nisso [na sentença do caso] — alegou. Por isso, o atleta estaria realizando a faxina das instalações da prisão para ficar o mais ocupado possível. — Ele limpa as janelas, as mesas do refeitório, está varrendo, esfregando os banheiros dos módulos. Ele mesmo pediu — informou o preso a jornalista.
Atualmente, Daniel ocupa uma cela individual. No entanto, de acordo com o jornal "El Periódico”, o módulo não se deve a nenhum privilégio, mas sim as obrigações com as tarefas de limpeza. Os presos encarregados dessa função ocupam esse tipo de cárcere para não incomodar os demais companheiros por terem que se levantar mais cedo para realizar o trabalho.
No resto do seu tempo no presídio, o jogador passa realizando atividades físicas, conforme detalhou o jornal. Em março de 2023, o periódico La Vanguardia publicou que o próprio Daniel Alves seria o responsável por organizar partidas de futebol no local e que os pedidos de roupas esportivas realizados por detentos do presídio teria quadruplicado desde a sua chegada.
A TV espanhola Telecinco também noticiou que o presídio acionou um protocolo antissuicídio para o jogador após apresentar um estado "deprimido e desanimado". Daniel teria ficado assim depois do julgamento por estupro.
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A jornalista Silvia Álamo, revelou que os funcionários e detentos da prisão ficaram preocupados com a possibilidade do jogador tentar tirar a própria vida. O protocolo consistia em monitoramento constante, restrição da liberdade de movimento e controlar o acesso a objetos perigosos, a fim de evitar que Daniel pudesse se machucar na sua cela ou até tentar tirar a própria vida.
Planejamento de fuga para o Brasil
Além disso, o jornal ainda afirmou que um colega de cela do atleta o acusou de planejar uma fuga para o Brasil e que o plano seria executado caso a Justiça da Espanha concedesse liberdade provisória ao detento. No entanto, o pedido foi negado quatro vezes.
O julgamento de Daniel Alves foi finalizado no dia 7 de fevereiro após três dias de duração. A vítima manteve a sua versão inicial e reafirmou ter sido violentada, já o jogador afirmou que a relação com a denunciante foi consensual e ficou bastante emotivo durante a audiência.
A Corte tem um prazo de 20 dias para anunciar a sentença após o fim do julgamento. Porém, a imprensa local aponta que a expectativa é que seja anunciada em até duas semanas devido à repercussão do caso. O Ministério Público manteve o pedido inicial de 9 anos de prisão, enquanto a advogada da vítima, Ester García, mantém a solicitação de pena máxima de 12 anos.
A defesa do jogador pediu a absolvição, alegando que não há provas concretas de que o sexo não foi consensual. Além disso, usou a tese da embriaguez para indicar que o brasileiro estava com suas funções cognitivas afetadas.