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SAÚDE

David Beckham: ex-jogador sofre de doença de pele sem cura e que piora com o frio

Astro tem dermatite atópica, que causa surtos na forma de eczema e coceira

David Beckham David Beckham  - Foto: AFP

O ex-jogador de futebol David Beckham é o caso de um paciente que sofre de dermatite atópica na idade adulta. Segundo o portal espanhol Cuídate Plus, a doença inflamatória causa surtos na forma de eczema e coceira, e tende a piorar com a chegada do frio.

Segundo Enrique Gómez de la Fuente, chefe da unidade de imunoalergia cutânea na Clínica Dermatológica Internacional (Madri), “vemos cada vez mais casos de início na idade adulta, possivelmente devido a fatores ambientais baseados no estilo de vida ocidental, e uma percentagem significativa de casos na infância persistirá na idade adulta, tornando-se crônica”.

 

Ele ainda ressalta que "não se sabe ao certo o que faz com que alguns casos melhorem e outros não, pois tudo depende de fatores genéticos e ambientais". Embora seja uma doença típica da infância, na verdade “tem uma prevalência na população de 17%-18%, dependendo da faixa etária”, indica o especialista, “a realidade é que hoje, cada vez há mais casos de pacientes que estrearam com esta doença na idade adulta.

A dermatite atópica está relacionada a fatores genéticos, alterações na imunidade e na função de barreira da pele, mas, segundo Gómez de la Fuente, “não há uma causa definida”. Ele destaca, no entanto, que alguns fatores podem desencadear surtos ou agravar a condição, como a pele mal hidratada, o uso excessivo de sabonetes ou produtos de limpeza agressivos, tecidos ásperos, condições climáticas adversas, alérgenos ambientais como pólen ou poeiras e, principalmente, situações de estresse.

Sobre os tratamentos para dermatite atópica, o especialista ressalta que, infelizmente, “ainda não existe uma cura definitiva para essa doença”. No entanto, “novas opções terapêuticas trazem esperança de modificar seu curso, especialmente quando iniciadas precocemente”.

O principal objetivo dos tratamentos é controlar os surtos. Para isso, é fundamental “evitar os fatores desencadeantes ou agravantes e adotar a terapia adequada”. Em casos leves, “os corticosteroides tópicos ou imunomoduladores tópicos costumam ser suficientes”. Já para formas moderadas a graves, “geralmente são necessários tratamentos sistêmicos”.

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