De onde vem o dinheiro do Al-Nassr, clube que tem CR7 e quer contratar Luís Castro
Família real da Arábia Saudita mantém relações próximas com o clube
Com salário estimado em 200 milhões de euros por ano — cerca de R$ 2,5 bilhões —, a ida de Cristiano Ronaldo para o Al Nassr movimentou o futebol na Arábia Saudita e acarretou um fenômeno de jogadores experientes disputando a Saudi Pro League na próxima temporada. O próximo alvo do clube é o treinador Luís Castro, do Botafogo, pedida especial do astro português para os dirigentes da equipe, e o valor da proposta deve girar em torno dos R$ 30 milhões por ano. A origem da fortuna do clube, que parece infindável, está diretamente ligada à família real saudita.
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A história vem desde a década de 1950, quando o Al Nassr foi fundado. Os irmãos Hussein Al-Jabaa e Zaid Al-Jabaa fundaram a equipe na capital do país, Riad, em 1955, e o clube foi profissionalizado cinco anos depois, quando o então príncipe Abdul Rahman bin Saud Al Saud passou a atuar na equipe. A partir daí, o Al Nassr começou a jogar na segunda divisão da Saudi Pro League e conquistou o acesso para a elite em 1963, de onde nunca mais saiu. Ao todo, são 27 títulos no país, nove deles sendo o do Campeonato Saudita.
A tradição da família real com o clube se manteve, e hoje o príncipe Khalid bin Fahd bin Abdulaziz é apontado como a principal figura que opera nos bastidores. A presidência fica a cargo de Musalli Al-Muammar, escolhido pelos dirigentes em 2021. Como o país não pode investir diretamente nos clubes, a Arábia Saudita destina suas riquezas — vindas da extração e comercialização de petróleo, principalmente — através de um fundo de investimentos, o Fundo Saudita de Investimentos Públicos (FIP), estratégia que também é adotada pelo Catar. O FIP também é dono do Newcastle, da Inglaterra.