Defesa é arma do Santa para atingir topo da Série D
Tricolor não sofre gols há cinco jogos, igualando marca que não se repetia desde o início do século
Líder do Grupo 3 da Série D do Campeonato Brasileiro, o Santa Cruz ostenta um desempenho defensivo extremamente raro no recorte do século atual. Há cinco jogos sem sofrer gols, o clube repetiu marca que não se via desde 2001. Um aproveitamento que faz o Tricolor entrar forte na briga pelo acesso à Série C.
A última vez que o Santa tomou gols foi no empate em 2x2 com o Nacional de Patos, no José Cavalcanti, no dia 28 de maio. De lá para cá, a Cobra Coral não foi vazada.
Primeiro, o Santa venceu o Sousa-PB por 1x0, no Arruda. Depois, 0x0 diante do Pacajus-CE, também no Recife. Contra o Globo-RN, tanto em casa como fora, triunfos por 2x0 e 3x0. Fechando a lista, novo empate sem gols perante os cearenses.
Há 22 anos, o Santa também ficou cinco jogos sem sofrer gols, vencendo AGA (1x 0), Sport e Porto (ambos por 2x0), além de Central (3 x 0) e Náutico (1x0). Todos os confrontos pela primeira fase do Campeonato Pernambucano.
Na Série D, o Santa tem a melhor defesa da chave, com quatro gols. Além de ser vazado pelo Nacional, o time também foi batido na derrota por 2x1 para o Potiguar, no Nogueira. Os pernambucanos tiveram a defesa intacta também nas vitórias por 1x0 ante Campinense e Iguatu, ambas no Arruda.
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No geral, apenas dois clubes sofreram menos gols do que o Santa em toda a Série C. Ambos, não por coincidência, também são líderes de suas respectivas chaves. Caso do Ferroviário-CE (vazado duas vezes no Grupo 2) e Ceilândia-DF (tomou três no Grupo 5). O Tricolor está empatado no quesito com Nacional e Amazonas, no Grupo 1, além do Hercílio Luz, do Grupo 8.
"Quando cheguei ao Santa Cruz, a quantidade de gols feitos era a mesma de sofridos (no início da temporada). Isso mostrava um desequilíbrio da equipe, que foi ajustado. Hoje, nós temos uma equipe muito competitiva, difícil de ser batida também por conta dessa parte defensiva em que todos ajudam", afirmou o técnico Felipe Conceição.