FUTEBOL

Fechar a zaga e melhorar a mira: os desafios de Dorival para estreia do Brasil na Copa América

Seleção Brasileira faz a primeira partida na competição continental nesta segunda-feira (24), em Los Angeles

Dorival Junior, técnico da Seleção BrasileiraDorival Junior, técnico da Seleção Brasileira - Foto: Rafael Ribeiro/CBF

Los Angeles/CA – Vinte e seis dias de treinos. Foi esse o tempo que o técnico Dorival Junior teve para preparar a Seleção Brasileira para o primeiro grande teste deste ciclo: a Copa América, nos Estados Unidos.

Período quase três vezes maior do que os 10 dias que Tite teve, por exemplo, antes da Copa do Mundo de 2022, no Catar.

Para o treinador, foi um tempo importante “pela aproximação dos jogadores” e também para “conhecer melhor cada um deles”, disse Dorival em entrevista à CBF TV.

Nesta segunda-feira (24), a bola rola para valer e, ao entrar em campo contra a Costa Rica, no So-Fi Stadium, em Los Angeles, na Califórnia, os olhos de quem acompanha a Canarinho estarão voltados para dois setores especificamente: a defesa e o ataque.

Não restam dúvidas de que o meio-campo atual da Seleção é, na teoria e na prática, a melhor formação, com João Gomes, Bruno Guimarães e Lucas Paquetá, o que ficou bem evidente após a produção ofensiva no último amistoso, contra os donos da casa, quando a equipe criou 25 situações de ataque durante os 90 minutos.

A estatística, por si só, não isenta os médios da necessidade de melhora, até porque eles também têm responsabilidades defensivas, mas a tendência é que seja, de fato, um ajuste mais posicional e tático.

“Estamos em um processo de montagem, porém tentando acelerar o máximo possível para que, rapidamente, possamos encontrar uma equipe, um padrão de jogo definido e, a partir deste padrão, deixarmos os jogadores em condição de poderem desenvolver as suas habilidades individuais”, ponderou o comandante brasileiro.

No entanto, a mesma partida também serviu de alerta para os demais setores. A defesa é o que mais preocupa, com os seis gols sofridos em quatro jogos disputados nesta temporada, algo que não era comum nos seis anos de Tite no comando técnico.

Dos cinco integrantes no setor, três veteranos têm vagas asseguradas e duas seguem “em aberto” para os novatos.

O goleiro Alisson, titular nas duas últimas Copa do Mundo, aos 31 anos, vem se recuperando de lesão e mostrou, nas duas últimas partidas, o porquê ainda é o melhor goleiro brasileiro em atividade; na lateral direita, o capitão do time, Danilo, de 32 anos; e, na zaga, o veterano Marquinhos, 30 anos.

Para as duas vagas em aberto, as dúvidas. Quem formará a dupla de zaga com Marquinhos? São quatro opções: o jovem Beraldo, Éder Militão, Bremer e Gabriel Magalhães.

O primeiro sai na frente não apenas por já jogar ao lado de Marquinhos no PSG, mas pela maturidade que tem demonstrado, aos 20 anos, e já se consolidado como um dos melhores da posição. Na lateral-esquerda, a disputa mais acirrada: Wendell ou Guilherme Arana.

“É tudo o que queremos buscar. Um time organizado que se sinta confortável em atuar da forma como estamos propondo, ao mesmo tempo em que geramos condição em que, no último terço do campo, possamos explorar ao máximo a capacidade e as qualidades dos nossos jogadores”, explicou Dorival.

Na parte da frente, o problema tem sido, de fato, a mira dos atacantes. Oportunidades não faltaram no amistoso contra os Estados Unidos, mas a quantidade de chances desperdiçadas chama atenção: das 25 finalizações, 12 foram na baliza e apenas uma se transformou em gol. 

O time que entra em campo deve ter Alisson; Danilo, Beraldo, Marquinhos e Wendell; João Gomes, Bruno Guimarães e Lucas Paquetá; Raphinha, Vinicius Jr. e Rodrygo.

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