Diretor patrimonial do Santa Cruz detalha estratégias para volta da torcida ao Arruda em 2022
Expectativa é que a temporada inicie com a torcida tricolor de volta às arquibancadas já no mês de janeiro
Sem calendário pelo restante de 2021, o Santa Cruz já faz os seus ajustes para o ano seguinte. Em entrevista à Folha de Pernambuco, o diretor patrimonial do clube, Theodorico Silva, detalhou as estratégias para o retorno do público ao Arruda em 2022. Vivendo dificuldade financeira e com projeção de pouca receita, o clube conta com a volta da sua torcida para garantir uma fonte de renda que está paralisada desde março de 2020, quando teve início a pandemia da Covid-19. Os ajustes previstos vão da limpeza das arquibancadas e dos sanitários, passando por reparos nos gramados até uma readequação da fachada da sede.
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Para além dos resultados negativos dentro de campo, 2021 foi mais um ano de dificuldades financeiras e renda limitada, por conta da pandemia. Sem a torcida, a equipe sentiu falta do apoio nas arquibancadas e o clube sofreu com a ausência de uma renda que poderia suprir algumas lacunas necessárias. De acordo com Theodorico, uma das estratégias para superar o momento delicado que o clube vive em relação a arrecadação é entrar em acordo com proprietários de cadeiras e camarotes que estejam em débito com o clube.
"Vimos aos poucos as condições financeiras que o clube atravessa, porque nesses dois anos de pandemia tivemos uma queda muito grande na arrecadação. Inclusive, estamos com uma promoção para os proprietários de cadeiras e camarotes, para que nos procurem, resolvendo assim parte da questão dos passivos, com relação aos patrimônios e também tendo um retorno financeiro para reverter em investimento no estádio", disse.
O diretor patrimonial tricolor também detalhou o valor que será investido para a realização das mudanças estruturais e a expectativa de entregar parte das reformas em dezembro deste ano. No entanto, Theodorico ressaltou que os recursos investidos são oriundos da própria diretoria.
"Fizemos um levantamento e vamos investir mais de R$ 50 mil, que não é um valor tão grande, mas para que a gente tenha o mínimo de conforto e de limpeza no estádio para receber o público em janeiro. No nosso planejamento, esperamos entregar até dezembro. Estamos fazendo tudo com recurso próprio da patrimonial, mas não é uma coisa grande, até porque também temos pagamento de folha de funcionários", contou.
Algumas ações já começaram a ser realizadas, como os reparos no gramado do Arruda. Mesmo tendo recebido jogos em 2021, após o encerramento da participação coral na Série C, passou a apresentar problemas, mas já solucionados pela diretoria.
"Organizamos ações de mutirão com o nosso próprio pessoal, em relação a recuperação do gramado. No todo, ele está em bom estado, houve apenas uma queima em uma parte próxima a uma das traves, próximo a uma das linhas de irrigação automática. Uma tubulação daquela área ficou entupida, além de uma danificação, consequentemente não sendo realizada a irrigação naquele setor", revelou.
Theodorico seguiu, destacando a realização de ações de mantuenção no fosso, nas arquibancadas e nos sanitários.
"Fizemos uma limpeza no fosso, em volta do gramado, retiramos o material orgânico que estava em excessiva quantidade, até para facilitar o aproveitamento de águas pluviais. Iniciamos também a lavagem e a pintura das arquibancadas, além da higienização e limpeza dos sanitários", complementou.
Sobre a fachada da sede do clube, Theodorico acredita que os reparos deverão iniciar em novembro e espera entregar em dezembro a área de acesso à sede social e a loja do clube.
"Acreditamos que é possível iniciar os trabalhos na fachada da sede no mês de novembro, para que no final do ano possamos entregar aquela área, pelo menos a parte principal, de acesso à sede social e à loja da Cobra Coral, para que a gente consiga dar uma qualidade e uma aparência melhor às dependências do clube", disse.
Ainda de acordo com Theodorico, um laudo de vistoria já está sendo elaborado por um engenheiro, para detalhar os problemas do estádio e o grau de urgência de cada setor, mas o serviço de reparos é tido pelo diretor como de médio a longo prazo, mas que não interfere na reabertura do Arruda para o público.
"Contratamos um engenheiro responsável técnico para a área de estrutura, para elaborar um laudo de vistoria, apresentando os problemas do estádio, detalhando o grau de necessidade de cada setor, para que a gente consiga entender durante a gestão. Esse seria um serviço para médio ou longo prazo, não seria para necessidade de urgência para reabrir o estádio", completou.