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COLETIVA

Dirigente do Sport diz que PM garantiu segurança no retorno, mas árbitro optou por finalizar jogo

Vasco empatou em 1x1 com o Leão, na Ilha do Retiro, pela Série B, em partida marcada por invasão de campo e pênalti polêmico

Duelo do Leão com o Vasco foi encerrando antes do fim com o placar em 1x1, na Ilha do RetiroDuelo do Leão com o Vasco foi encerrando antes do fim com o placar em 1x1, na Ilha do Retiro - Foto: Alexandre Aroeira / Folha de Pernambuco

O vice-presidente de futebol do Sport, Augusto Carreras, fez um pronunciamento oficial sobre a confusão envolvendo o duelo do Leão com o Vasco, encerrando antes do fim com o placar em 1x1, na Ilha do Retiro, pela Série B do Campeonato Brasileiro. O dirigente criticou a arbitragem e a postura dos atletas do Vasco, em especial Raniel, autor do gol que provocou a torcida rubro-negra, que invadiu o campo e gerou uma confusão. Segundo Carreras, a polícia garantiu a segurança para o retorno da partida, mas o árbitro Raphael Claus optou pelo encerramento do duelo.

“O árbitro alegou que não teria condições de ter segurança, mas quem garante isso é a polícia militar. Ela afirmou que havia segurança para retomar o jogo. O time do Vasco imediatamente correu para dentro do vestiário. Não queriam mais o jogo. O árbitro acaba o jogo tendo somente o Sport em campo. Fez isso sem chamar os capitães dos times. Nem coragem para isso ele teve. Ele alegou que não tinha mais segurança para voltar. O Sport não compactua com o comportamento dos torcedores que invadiram, mas eles foram provocados. É lamentável. Vamos analisar junto ao jurídico que situações podem ser tomadas”, frisou.

“Imaginávamos um jogo tranquilo, com atletas que queriam jogar bola. Sport e Vasco fazem jogo de Série A. Com torcida, equilíbrio, qualidade. Mas não é fácil fazer futebol no Nordeste”, continuou o dirigente. “Jogávamos no sábado, contra o Londrina, e o Vasco na sexta. Por solicitação do Vasco, a CBF transferiu o jogo para o sábado. Questionamos isso porque, do ponto de vista legal, não tinha problema, mas esportivo, sim. Eram dois times que iam brigar (pelo acesso)”.

“Tivemos possíveis pênaltis que o VAR não chamou. Aí aos 44, o árbitro viu com clareza o lance, mas o VAR chama e ele volta atrás. Quando ele volta a campo e marca o pênalti, você vê o constrangimento dele. Não tenho medo de dizer que o árbitro fez questão de afirmar que não foi pênalti no momento. Um árbitro Fifa, que vai para a Copa do Mundo, que tem imposição moral, ética. Ele voltou atrás depois de ter apitado com convicção”.

Carreras também teceu críticas ao comportamento dos atletas do Vasco após o gol de Raniel. “Não tinha menor preparo para vestir a camisa do Vasco. Foram na torcida e querem colocar culpa nela. A provocação partiu deles. O torcedor paga para ver um espetáculo e não ser agredido, com atleta jogando cadeira, balançando genitália. Tudo está relatado em vídeo”, completou. 

Romão e Jorginho

Uma cena que chamou atenção na Ilha do Retiro foi a discussão entre o presidente do Sport, Yuri Romão, e o técnico do Vasco, Jorginho. O mandatário leonino explicou o ocorrido. “O técnico do Vasco tem, por hábito, ser sempre o pastor, sem querer trazer a questão religiosa. Ele se mostra um santo, mas é lobo em pele de cordeiro. Chegou com conversa mole dizendo que era pai de família, avô, que era um absurdo. Disse a ele que quem começou a confusão foi um atleta que jogou uma cadeira em direção à torcida e tinha mostrado a genitália. Já não gosto da figura dele e começamos a bater boca. Foi isso”, declarou.

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