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Diniz, Dorival ou Tite? Compare números da Seleção Brasileira com cada treinador

O atual técnico chegou ao 11º jogo no comando do Brasil

Fernando Diniz, Dorival Junior e Tite, os últimos técnicos da Seleção Brasileira Fernando Diniz, Dorival Junior e Tite, os últimos técnicos da Seleção Brasileira  - Foto: Vitor Silva /CBF; Rafael Ribeiro/CBF; Lucas Figueiredo/CBF

Contra o Chile, Dorival Júnior se recuperou no comando da Seleção Brasileira, após uma Data Fifa em que sofreu a primeira derrota desde que assumiu a equipe em janeiro deste ano.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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O Brasil venceu por 2 a 1, de virada, e chegou à quarta posição nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. Essa foi a quinta vitória da seleção desde a chegada de Dorival.

Ex-treinador do São Paulo, ele recebeu o convite de Ednaldo Rodrigues para assumir o comando da equipe após a recusa de Carlo Ancelotti, que renovou seu contrato com o Real Madrid.

Nesse período à frente da Seleção Brasileira, Dorival disputou 11 partidas, com cinco vitórias, cinco empates e apenas uma derrota - diante do Paraguai, em setembro.

Apesar de ter sofrido apenas uma derrota, Dorival ainda enfrenta dificuldade de extrair o melhor futebol da seleção, tanto no aspecto ofensivo quanto no defensivo.

O desempenho na Copa América não empolgou o torcedor. O Brasil foi eliminado nas quartas de final, com uma vitória e três empates (não conseguindo furar a defesa adversária em duas ocasiões).

Além disso, das 11 partidas, em sete a seleção foi vazada ao menos uma vez.

No Flamengo, clube que comandou em 2022, o setor defensivo era uma das qualidades da equipe: no título da Copa Libertadores, sofreu apenas dois gols no mata-mata e foi campeão de forma invicta.

"Uma renovação não é simples. Hoje, tínhamos quatro jogadores que finalizaram a última partida da Copa e isso tem um peso considerável. Não estamos com a estrutura que foi montada para a Copa anterior. Isso dificulta um pouco mais esse encontro de equilíbrio com a jovialidade dos meninos, além da experiência de alguns. Essas oscilações acontecem por isso e continuarão acontecendo, temos que ter paciência. Teremos equipe muito forte daqui a dois anos, mas passaremos algum aperto até lá", avaliou o treinador após a vitória sobre o Chile.

Antes de Dorival, o Brasil foi comandado por Fernando Diniz, de forma interina, ao longo do ano de 2023. Enquanto liderava o Fluminense ao título inédito da Libertadores, o treinador ficou à frente do Brasil por seis jogos das Eliminatórias.

Depois de um bom início, com vitórias sobre Bolívia (5 a 1) e Peru (1 a 0), a seleção ficou quatro jogos sem vencer, que culminaram na fim da trajetória técnico na equipe nacional.

Em comparação, Dorival tem 60,61% de aproveitamento à frente da seleção brasileira, enquanto Diniz deixou o comando após seis jogos, com duas vitórias, um empate e três derrotas, com 38,9%.

O ataque do então treinador do Fluminense não empolgou, com apenas oito gols marcados - cinco destes contra a Bolívia. Além disso, sofreu sete gols em seis partidas.

Em comparação, o Brasil de Tite, em 2016, dominou as Eliminatórias da América do Sul nos seus 11 primeiros jogos - mesmo volume que tem o trabalho de Dorival até aqui.

No período, a seleção venceu todos os jogos que disputou (nove) e foi derrotada em apenas uma ocasião, em amistoso diante da Argentina.

O aproveitamento da equipe ficou próximo dos 91%, e foi às redes 29 vezes em seu começo de trabalho.

Com uma média de 2,9 gols por jogo, a seleção de Tite colecionou importantes vitórias nesse começo de trabalho, como 3 a 0 sobre a Argentina e 4 a 1 contra o Uruguai, em Montevidéu.

Nas 11 primeiras partidas, também só sofreu três gols. O desempenho garantiu a recuperação da equipe, que sofria até então com o técnico Dunga - havia sido eliminada precocemente na Copa América de 2015 e 2016 - e lutava para se garantir na Copa do Mundo.

Aproveitamento dos técnicos:

Dorival Júnior: 11 jogos (60,61%)
Fernando Diniz: 6 jogos (38,9%)
Tite: Primeiros 11 jogos (91%)

Trabalho de Dorival ameaçado?

Três fatores podem entrar em conta para Dorival Júnior continuar na Seleção Brasileira, pelo menos até os próximos jogos das Eliminatórias: tempo de trabalho, período curto até a Copa do Mundo e o fato de que uma demissão agora faria o Brasil ir para seu quarto treinador neste ciclo para o Mundial de 2026.

Dorival não completou um ano à frente da seleção. Ele assumiu em janeiro e disputou apenas nove jogos até aqui - Tite, por exemplo, teve dois anos para trabalhar antes da Copa do Mundo 2018 e manteve o projeto para o Catar.

Menos de dois anos separam a seleção do próximo Mundial, nos EUA, Canadá e México, fator que dificultaria o trabalho do próximo treinador.

Além disso, caso seja demitido, a seleção brasileira teria seu quarto treinador neste ciclo. Antes de Dorival, Fernando Diniz e Ramon Menezes trabalharam ao longo de 2023.

A CBF sonhava com Carlo Ancelotti, do Real Madrid, e acreditava que havia chegado a um acordo com o treinador, mas a renovação do italiano com o clube espanhol frustrou as expectativas de Ednaldo Rodrigues.

À época, a direção da entidade se mostrava confiante de que o profissional assumiria a seleção para a Copa América de 2024.

O Brasil volta a campo na próxima terça-feira, às 21h45 (de Brasília), em duelo com o Peru, no estádio Mané Garrincha, na capital federal.

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