Dream Team em Paris? Do que LeBron e Steve Kerr precisam para levar a elite da NBA para a Olimpíada
Astro do Los Angeles Lakers estaria fazendo contato com outras estrelas para despedida em grande estilo em 2024
A mística do “Dream Team”, o time olímpico e medalhista de ouro dos Estados Unidos em Barcelona-1992 que tinha nomes como Michael Jordan, Magic Johnson e Larry Bird, entre outros, segue muito presente na memória do esporte americano.
De lá para cá, os Estados Unidos ganharam seis das sete Olimpíadas que disputaram no basquete. Mas a ideia de ter um time com a força total que a NBA pode proporcionar voltou com força, capitaneada por LeBron James.
O armador do Los Angeles Lakers, maior pontuador da história da liga americana, não esconde a vontade de retornar para os Jogos Olímpicos, nos quais já atuou em três oportunidades (foi ouro em duas).
James, que completa 39 anos em dezembro, comentou com emoji de “olhos atentos” em postagem nas redes simulando um possível time com ele, Stephen Curry, Damian Lillard, Jimmy Butler e outros grandes nomes após a queda do jovem e alternativo time enviado pelos Estados Unidos na semifinal do Mundial de Basquete, para a Alemanha. Mas a vontade seria antiga, e pouco teria a ver com a competição que terminou neste último domingo.
Segundo o site The Athletic, LeBron já vem conversando com alguns dos principais atletas da liga há algum tempo para alinhar participações nos Jogos de Paris-2024. Cada um teria seus objetivos: para LeBron e Kevin Durant (34 anos), por exemplo, seria uma despedida em grande estilo dos palcos fora da NBA.
Para Stephen Curry (35 anos), por outro lado, seria a primeira (e provavelmente última) Olimpíada da carreira, um torneio que ele sempre teve vontade de jogar.
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Outros jogadores contatados por LeBron teriam sido Anthony Davis, Jayson Tatum e Draymond Green. Damian Lillard, De’Aaron Fox e Kyrie Irving seriam outros nomes interessados, ainda de acordo com o “The Athletic”.
Temporada no caminho
No caminho desse sonho, esbarra o obstáculo do calendário da NBA. São 82 jogos por temporada e na próxima, que começa no mês que vem, a tendência é que a liga endureça a fiscalização a equipes que poupam — na imprensa americana, há relatos de possível multa para as franquias que pouparem duas estrelas no mesmo jogo.
Jogar uma Olimpíada significa atuar nas férias de um calendário como esse. Os playoffs começam no dia 20 de abril. As finais, no dia 6 de junho. Três semanas depois, a seleção americana estará em quadra na França. No Mundial, dois casos chamaram muita atenção: Jamal Murray e Nikola Jokic, campeões da NBA com o Denver Nuggets que, por questões físicas, abriram mão de jogar por Canadá e Sérvia, terceiros colocados e vice-campeões, respectivamente.
— Falta a Curry uma medalha de ouro — brincou Steve Kerr, técnico da seleção americana e de Steph no Golden State Warriors, no ano passado. Agora, o treinador tentará levar seu comandado e outras estrelas consigo para os Jogos.
Motivação não falta, a começar pela declaração do velocista Noah Lyles que irritou algumas dessas estrelas que planejam estar em quadra em Paris. “Os Estados Unidos não são o mundo”, disse ele. Frustração que uma 17ª medalha de ouro olímpica pode ajudar a aplacar.