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Em busca do octa, Hamilton renova com a Mercedes até final da temporada

O acordo anterior de Hamilton, de dois anos, tinha acabado no final de 2020

Lewis HamiltonLewis Hamilton - Foto: Tolga Bozoglu/AFP

Lewis Hamilton e Mercedes acabaram com o suspense e anunciaram que o inglês continua no time em que conquistou seis dos seus sete títulos mundiais de pilotos de Fórmula 1. O novo contrato é de apenas um ano, contrariando diversos rumores, que apontavam por um acordo mais longo.

''Estou empolgado por entrar em minha nona temporada com meus companheiros de Mercedes. Nossa equipe conquistou coisas incríveis juntos e estamos animados para levar nosso sucesso para ainda mais longe, já que continuamos melhorando, tanto dentro, quanto fora da pista", disse.

"Estou igualmente determinado a continuar nessa jornada que começamos de tornar o automobilismo mais diverso para as próximas gerações e estou agradecido à Mercedes por ter apoiado meu pedido para cuidar dessa questão. Tenho orgulho em dizer que vamos levar isso ainda mais a sério neste ano, lançando uma fundação dedicada à diversidade e inclusão no esporte. Estou inspirado por tudo o que podemos construir juntos e mal posso esperar para voltar às pistas em março", completou Hamilton em comunicado.

 



O acordo anterior de Hamilton, de dois anos, tinha acabado no final de 2020, e as especulações acerca da renovação começaram há mais de 12 meses. Sobraram rumores ao longo desse tempo -de valores exorbitantes, superando os US$ 60 milhões (R$ 322,25 mi) por ano, até o poder de vetar possíveis companheiros de equipe-, especialmente nas últimas semanas, uma vez que o carro da Mercedes para a temporada 2021 será lançado em menos de um mês, e a pré-temporada começa em 12 de março.

Porém, o piloto e a equipe sempre disseram que dois fatores estavam atrasando as negociações: primeiro, a própria Mercedes estava revendo sua participação na F-1, um processo que acabou com a confirmação, apenas em dezembro do ano passado, de que um terço do time seria vendido para a empresa de petroquímicos INEOS e, assim, a equipe ficaria dividida igualmente em três partes (entre Mercedes, INEOS e o chefe e acionista Toto Wolff).

A partir desta definição, foi possível focar no contrato de Hamilton. Mas Wolff disse que o vai e vem de negociações enquanto o inglês estava nas Américas (primeiro no Caribe, e depois nos Estados Unidos) e ele, na Europa, atrasou ainda mais uma definição, já que tudo o que era conversado entre eles remotamente tinha de ser revisto pelos advogados de ambos os lados.

Ambas as partes, contudo, sempre deixaram claro que queriam continuar trabalhando em conjunto, com Hamilton cobrando uma influência maior na Mercedes, até projetando sua vida após a F-1 e, como o tom do anúncio deixa claro, o piloto cobrava ações mais concretas da equipe para a promoção da diversidade. Outro ponto citado por Hamilton ano passado foi seu desejo de ter mais controle e rentabilidade sobre seu direito de imagem.

''Sempre estivemos alinhados com Lewis no sentido de que continuaríamos juntos, mas o ano muito incomum que tivemos em 2020 significou que demorou algum tempo para terminar o processo'', afirmou Toto Wolff.
''Juntos, decidimos estender a relação esportiva por mais uma temporada e iniciar um projeto de longo prazo para dar o próximo passo em nosso compromisso comum com uma maior diversidade dentro do nosso esporte.
 
Os números de Lewis estão entre os melhores que o mundo dos esportes já viu, e ele é um embaixador valioso de nossa marca e de nossos parceiros. A história da Mercedes e Lewis já está nos anais da história de nosso esporte pelas últimas oito temporadas, e estamos ansiosos para adicionar mais capítulos a essa história", completou.

Com o acordo, Hamilton vai em busca de um inédito oitavo título na F-1 e também tem grandes chances de ultrapassar a marca de 100 vitórias na carreira. O inglês tem sete títulos, assim como Michael Schumacher, e já é o piloto mais vitorioso da história.

Ele tem grandes chances de alcançar estas marcas em 2021, uma vez que o regulamento técnico fica relativamente estável e a Mercedes tem tudo para continuar como o carro a ser batido. Em 2022, haverá uma mudança de regras bastante extensa, então este pode ser o último ano de domínio dos alemães.

A temporada de 2021 da F-1 tem previsão de começar com o GP do Bahrein, no dia 28 de março.

 

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