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Espanha

Em liberdade provisória, Daniel Alves abre empresa para agenciar jogadores, diz jornal

Sem contrato com clubes, jogador perdeu acordos de patrocínio e publicidade

Daniel AlvesDaniel Alves - Foto: Reprodução/Instagram

Quase dois meses depois de deixar a prisão após ser condenado por estupro, Daniel Alves já traça um novo caminho para a sua carreira. Enquanto ainda tenta provar nos tribunais sua inocência (ele busca ser absolvido da acusação), o brasileiro abriu uma empresa na Espanha, a OQP Sport & Management.

Segundo o jornal espanhol Marca, um boletim do Registro Comercial de Barcelona mostra que Daniel Alves fundou, no mês passado, a empresa, da qual é “administrador e sócio único”. A OQP Sport & Management atuará com “gestão de direitos de imagem e na assessoria e representação de atletas”, de acordo com a publicação.

Essa será apenas mais uma vez em que o jogador atua no ramo. Ao lado da ex-mulher, Dinorah Santana (com quem ele tem dois filhos), ele abriu a "agência de representação Flashforward", sobre a qual não tem mais controle. Além disso, o ex-casal também foi sócio na empresa Cedro Esport, que trabalha com gestão de imagens.

Ainda segundo o Marca, Daniel Alves também teria participações na imobiliária Bahia Ilhéus, em restaurantes, em outras empresas do ramo de moda e em outros setores.

Depois do contrato com o Pumas, seu último clube, Daniel Alves perdeu contratos de patrocínio e publicidade, que rendiam quantias significativas em direitos de imagem. Nem os clubes nem as empresas de futebol, ele reconhece, regressarão, muito menos depois de ter sido condenado por agressão sexual.

A preocupação com o seu futuro corre paralela à luta que mantém para conseguir não apenas uma redução da pena, mas uma absolvição. Ele afirma sua inocência, embora a Justiça, por enquanto, diga o contrário. A sentença proferida pelo Tribunal de Barcelona considera ter ficado comprovado que Alves penetrou uma jovem de 23 anos sem o seu consentimento e com "uso de violência" em um banheiro da área VIP da boate Sutton.

A pena baixa (4 anos e meio) ocorreu porque os juízes aplicaram uma medida atenuante depois de Alves ter pagado os 150 mil euros de indenização que o Ministério Público reclamava pelos danos morais causados à vítima. Uma reparação pelo dano que gerou críticas entre especialistas e juristas porque, segundo alegavam, não só tinha um componente de classe – só alguém com a capacidade econômica de Alves poderia fazer esse aporte – mas porque tinha sido puramente monetário, ou seja, não teria havido um desejo real de reparação.

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