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Pronunciamento

Presidente do Conselho Deliberativo do Sport pede "serenidade" e união para contornar crise política

Dirigente, no entanto, não detalhou ações em relação às eleições, condicionando à reunião que será realizada nesta quarta-feira (16)

Pedro Lacerda (esq.), presidente do Conselho Deliberativo do Sport realizando pronunciamento, junto ao vice-presidente Gustavo Oiticica (dir.)Pedro Lacerda (esq.), presidente do Conselho Deliberativo do Sport realizando pronunciamento, junto ao vice-presidente Gustavo Oiticica (dir.) - Foto:

Em meio à nova crise política no Sport, o presidente do Conselho Deliberativo (CD) do clube, Pedro Lacerda, fez um longo pronunciamento no início da tarde desta quarta-feira (16), visando tranquilizar torcedores e dar satisfações acerca da situação nebulosa em relação às possibilidades de novos processos eleitorais.

Junto ao vice-presidente Gustavo Oiticica, o líder do CD fez apelo à torcida, pedindo "serenidade", "união" e que o sentimento de rancor e negativismo seja eliminado, para que o atual período possa se tornar um "renascimento" da agremiação. Sobre o período eleitoral, Lacerda não detalhou as ações que serão feitas pelo conselho, mas condicionou o novo processo eleitoral à reunião que será realizada ainda nesta quarta. 

"Venho comunicar a todos que nesse momento que o Sport passa por um fato inesperado, cabe a cada um de nós - conselheiros, membros da mesa diretora do conselho, dirigentes, ex-dirigentes, sócios, torcedores - ter tranquilidade, serenidade e buscar, de uma forma intransigente, o melhor cenário para a sucessão do poder executivo", afirmou. 

Lacerda também afirmou que o clube precisa de uma pacificação, após divisão na política do clube como resultado da última eleição. Também foi destacado pelo presidente do CD que o momento atual pode ser visto como uma oportunidade para um "renascimento" do clube. 

"O clube necessita, não é de agora, de uma grande pacificação. Passamos por um processo eleitoral duro, intenso, que muito foi além dos limites da boa convivência e da serenidade, que uma instituição do tamanho do nosso querido Sport Club do Recife, o maior clube do Norte/Nordeste brasileiro, precisa", disse.

"Digo, de forma muito clara, que infelizmente, as feridas não foram saradas, o tempo foi muito curto. E quis Deus, quis o destino, que esse fato - em um primeiro momento, perturbador para todos nós - possa vir a ser convertido em um renascimento, em um ressurgimento, uma nova comunhão entre todos aqueles que amam e se propõem a participar da vida política e social do clube", completou.

Uma reunião está marcada para a noite desta quarta-feira, onde serão discutidos os caminhos para as eleições no clube. No pronunciamento, Lacerda não deu detalhes sobre o processo eleitoral, mas diz que tudo será decidido pelo colegiado e que ele próprio não possui poder de decisão. 

"O fato acontecido vai ser trabalhado pelo colegiado do conselho, na reunião de logo mais. É importante frisar que a presidência do CD não possui a prerrogativa de uma decisão isolada. Não tenho estatutariamente esse poder de indicar o caminho para que o clube volte à normalidade, na sua gestão executiva, e também não depende da minha análise individual apontar o destino que a eleição, que será realizada, terá", destacou.

Lacerda fez novo apelo, dessa vez voltado para os conselheiros, pedindo que seja eliminado qualquer sentimento negativo e que o clube não suporta "mais um grande embate político". 

"Faço uma convocação, a partir do órgão que presido, o Conselho Deliberativo, para que meus pares conselheiros, soberanos decisores que serão dos destinos do clube, na sessão extraordinária que logo mais será realizada, para que eliminem a hipótese de carregar qualquer sentimento de negativismo, rancor, mágoa, que esses sentimentos, que por ventura possam existir, a começar do conselho, sejam eliminados", pediu Pedro.

"É um momento de pacificação e conciliação. O nosso clube não suporta e não suportará mais um grande embate político, traduzido no processo eleitoral, uma vez que, a menos de 90 dias, acabamos de passar por esse traumático momento da vida do clube", afirmou.

Lacerda seguiu em apelo à torcida, com um pedido de paz, evocando o lema do clube "pelo Sport tudo" e garantiu que a democracia no clube está assegurada. 

"Faço e reitero esse apelo para que aqueles poucos, muito poucos, mas que infelizmente, hoje em dia, encontram eco na sua postura de ódio, alimentação de raiva, rancor, guardem esses sentimentos negativos e se controlem. Se vocês amam o Sport, façam como nós estamos fazendo e sempre fizemos, a partir do momento que a eleição chegou ao fim", apela o dirigente.

"É o momento de bandeira branca, paz, serenidade, de colocar e honrar o nosso lema 'pelo Sport tudo'. A democracia está assegurada, fomos eleitos pela vontade soberana dos sócios. O estatuto é a regra, o norte, que faz com que o sentimento democrático expressado nas urnas seja mantido e seja o guia para que o clube seja conduzido, como todo mundo deseja, de forma tranquila e serena", disse.

Confira o pronunciamento na íntegra:

Uma vez que aconteceu, no dia de ontem, a vacância simultânea dos cargos de presidente e vice-presidente do executivo, o Conselho Deliberativo, logo que foi cientificado dessa decisão que gerou a dita vacância, passou a tratar os assuntos que lhe dizem respeito, que são de incumbência estatutária deste conselho. A minha atribuição, meu compromisso, o compromisso de Oiticica, da mesa diretora do conselho com o clube continua mantido e será fielmente cumprido até o último dia dos nossos mandatos. Venho comunicar a todos que, neste momento que o Sport passa por um fato inesperado, cabe a cada um de nós, conselheiros, membros da mesa diretora, dirigentes, ex-dirigentes, sócios, torcedores, ter tranquilidade, serenidade e buscar, de uma forma intransigente, o melhor cenário para a sucessão do poder executivo.

O clube necessita, não é de agora, de uma grande pacificação. Passamos por um processo eleitoral duro, intenso, que foi muito além dos limites da boa convivência e da serenidade de uma instituição do tamanho do nosso querido Sport Clube do Recife, o maior clube do Norte-Nordeste brasileiro precisa. Digo de forma muito clara, que, infelizmente, as feridas não foram saradas. O tempo foi muito curto. Quis Deus, o destino, que esse fato, o primeiro momento perturbador para todos nós, possa vir a ser convertido em um renascimento, um ressurgimento, uma nova comunhão entre todos aqueles que amam e se propõem a participar da vida política e social do clube.

Minha função, de Oiticica, da mesa diretora do conselho deliberativo, sempre foi e será de buscar a estabilidade política e institucional do clube. É uma missão muito maior que a presidência do conselho, muito maior que as pessoas físicas que agora se colocam. A minha, a de Oiticica, que agora, se colocam representando todo o conselho. Faço uma convocação a partir do órgão que presido, o conselho deliberativo, para que meus pares, conselheiros, soberanos, decisores que serão dos destinos do clube na sessão extraordinária que logo mais será realizada, para que eliminem a hipótese de carregar qualquer sentimento de negativismo, de rancor, de mágoa. Que esses sentimentos que porventura possam existir, a começar do conselho, sejam eliminados. é um momento de pacificação, conciliação. Nosso clube não suporta e não suportará mais o grande embate político traduzido em um processo eleitoral, uma vez que, em menos de 90 dias, acabamos de passar por esse traumático processo, momento da vida do clube. A minha colocação volta a todos é de total serenidade.

O Conselho Deliberativo está presente, funcionando com total normalidade. O fato acontecido será, como disse agora há pouco, trabalho pelo colegiado do Conselho na reunião de logo mais. Importante frisar: a presidência do Conselho Deliberativo não possui a prerrogativa de uma decisão isolada. Eu não tenho estatutariamente esse poder, de indicar qual o caminho para que o clube volte à normalidade na gestão Executiva e também não depende da minha análise individual apontar o destino que a eleição, que será realizada, terá. Mesmo que o Estatuto me desse esse poder, como sempre fiz em minha vida pessoal e enquanto diretor do clube e agora presidente do Conselho, essa decisão seria por mim colocada ao colegiado, ao plenário, que com certeza com a qualidade que o Conselho tem, com a inteligência e representatividade democrática que o Conselho tem, o clube voltará o quanto antes à normalidade institucional sendo assim preparada a questão eleitoral.

Reitero esse apelo para que aqueles, poucos, muito poucos, mas que infelizmente hoje em dia encontram eco na sua postura de ódio e alimentação de ódio, rancor, guardem esse sentimento negativo e se controlem. Se vocês amam o Sport, façam como nós estamos fazendo e sempre fizemos a partir do momento que a eleição chegou ao fim. É o momento de bandeira branca, de paz, de serenidadade, de colocar, honrar o nosso lema: pelo Sport tudo. A democraria está assegurada. Fomos eleitos pela vontade soberana dos sócios. O estatuto é a regra, é o norte que faz com que o sentimento democrático expressado nas urnas seja mantido e seja o guia para que o clube seja conduzido de forma como todo mundo deseja, tranquila. Não iremos nos impressionar com nenhum tipo de sentimento que venha a desagregar. Não vamos reverberar ideias, opiniões, que não coloquem o Sport em primeiro lugar.

Termino esse pronunciamento fazendo uma grande convocação de um esforço coletivo envolvendo os ex-presidentes do clube e do Conselho, ex-diretores, sócios, torcedores, para que emanados nós possamos transformar esse momento de tristeza em um momento de renascimento, união, porque como sabem o Sport unido é imbatível. E minha missão junto com Oiticica, junto com o Conselho Deliberativo, com cada um que diz amar o Sport, é buscar a união e o melhor caminho para que o clube retome a sua trajetória de vitórias.

Temos o compromisso com os nossos funcionários, atletas. Todos sabem que o que acontece fora das quatro linhas repercute nos vestiários. As providências iniciais também já foram tomadas, queria tranquilizar a todos. Ontem estive, junto com Oiticica, a diretoria de futebol. E, em um gesto de compromisso com o clube, mesmo tendo renunciado, o vice-presidente Carlos Frederico teve a elegância, preocupação, de ir ao clube, ao departamento de futebol, CT, para nós podermos conversar com o plantel, olhando nos olhos, passamos a realidade, tranquilizamos o plantel que o clube está com sua institucionalidade preservada, o Conselho é o guardião dessa instituição, se pronunciará de forma com que a paz seja o quanto antes reestabelecidae.

Termino essas palavras deixando o meu abraço, pedindo aos amigos da imprensa uma compreensão, muitos têm nos desmandado, mas o fato ocorreu de forma muito imprevisível. E primeiro nós temos essa missão de buscar os caminhos para agora fazer essa comunicação a vocês que as medidas foram tomadas e o Conselho vai se reunir logo mais. E a partir dessa reunião nós poderemos voltar a dialogar, conversar, já com o quadro mais caro em relação a como fica a providência necessária para estabilizar o poder Executivo que no momento se encontra sem o presidente e o vice-presidente, que simultaneamente tomaram a decisão de renunciar.

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