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Em Roland Garros, Nadal mira igualar Federer, com Djokovic e Thiem à espreita

Nadal encara o saibro na capital francesa numa edição do torneio bem diferente das anteriores: realizado no outono e não na primavera europeia por conta da pandemia

Rafael Nadal, tenista espanholRafael Nadal, tenista espanhol - Foto: JOHN DONEGAN / AFP

Na batalha para ser o maior vencedor de grand slams, Rafael Nadal (2º do ranking da ATP) espera conquistar pela 13ª vez Roland Garros para se igualar ao suíço Roger Federer, detentor de 20 títulos dos principais torneios do circuito de tênis mas que não estará na competição realizada em Paris, deixando assim para o sérvio Novak Djokovic (1º do mundo) e o austríaco Dominic Thiem (3º) a tarefa de ameaçar o objetivo do espanhol.

Nadal encara o saibro na capital francesa numa edição do torneio bem diferente das anteriores: realizado no outono e não na primavera europeia por conta da pandemia da Covid-19, com o público drasticamente reduzido, com jogos noturnos e um teto retrátil na quadra central.
 

'As piores condições'

"É um ano completamente diferente e imprevisível", disse Nadal, que chega a Paris com apenas uma competição disputada após o fim da paralisação provocada pelo coronavírus, o Torneio de Roma, no qual foi eliminado nas quartas de final pelo argentino Diego Schwartzman na semana passada. 

"Estamos a nove graus, para jogar um torneio 'ao ar livre' é uma situação extrema, chovendo todos os dias, frio e com muito vento. As condições são as piores para mim", analisou Nadal na sexta-feira, além de criticar muito as novas bolas que serão utilizadas nesta edição de Roland Garros, 

A antiga fornecedora Babolat foi substituída pela Wilson, que apresenta uma bola com menos velocidade e que quica menos. 

“É uma pedra. Treinei com a bola em Mallorca e lá com o calor já estava pesada, aqui é super pesada. É perigosa para a saúde dos jogadores, para os ombros e cotovelo, a organização terá que olhar para isso nos próximos anos, desta vez é o que existe", disse o espanhol. 

Depois de uma pausa de cinco meses devido à pandemia, as competições de tênis retornaram em agosto, deixando entre US Open, de quadra dura, e Roland Garros com seu saibro com apenas duas semanas de intervalo. Nadal decidiu não participar do torneio em Nova York, do qual foi campeão no ano passado, para se preparar melhor para a tradicional competição francesa, da qual é o atual campeão.

'Ninguém a sua altura'

Djokovic e Thiem aceitaram ir ao US Open, mas tiveram finais diferentes. O número 1 do ranking da ATP foi desclassificado por ter acertado de forma involuntária uma bolada em um árbitro de linha durante as oitavas, enquanto o austríaco chegou ao título, o primeiro em um grand slam, após três derrotas em finais, duas delas contra Nadal nas duas últimas edições de Roland Garros. 

"As temperaturas são a única coisa que pode fazer Nadal mudar. Mas se ele chegar a Roland Garros em boa forma, será o favorito para vencer", alertou o o número 3 do mundo, que pode enfrentar o espanhol numa hipotética semifinal se superar um acidentado caminho que terá até lá, encarando outro dois vencedores do Aberto dos Estados Unidos, Marin Cilic na primeira rodada e Stan Wawrinka, à frente. Djokovic só será seu adversário na França se conseguir ir à final). 

Já o sérvio, que conquistou o Aberto da Austrália em janeiro, nos dias que antecederam a pandemia, chega com a confiança de estar invicto em 2020, exceto pela desclassificação em Nova York, cuja vitória foi declarada para o espanhol Pablo Carreño.

No entanto, Djokovic prefere apontar para Nadal: "Embora tenha perdido em Roma, ele é o favorito número um. Considerando os resultados, não se pode colocar ninguém à sua altura". 

Atrás desse trio, aparecem os mais proeminentes representantes da 'Próxima Geração': o alemão Alexander Zverev (7º), derrotado em cinco sets por Thiem na final do Aberto dos Estados Unidos, o russo Daniil Medvedev (5º) e o grego Stefanos Tsitsipas (6º).

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