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Em Santos, Mailson revive passado de quando ainda não era um goleiro e se diz preparado para o jogo

Antes de ser jogador, o goleiro e o irmão saíam de Alagoas em direção a Santos para vender óculos na praia

Maílson, goleiro titular do SportMaílson, goleiro titular do Sport - Foto: Anderson Stevens/Sport Club do Recife

Na 15ª posição da Série A do Campeonato Brasileiro, com apenas cinco pontos e muito próximo da zona de rebaixamento, o Sport visita nesta quarta (30) o Santos, na Vila Belmiro, pela oitava rodada da competição.

Titular, o goleiro Mailson vem de um jogo cujo resultado, empate em 0 a 0 com o Cuiabá, não foi positivo, mas sua atuação foi fundamental para a conquista do ponto.

"Fiquei feliz com meu desempenho porque foi um jogo em que a equipe não sofreu gol. E isso é muito importante. Venho trabalhando para isso", disse.

Há quatro anos no profissional, o atleta acredita que tem crescido com as circunstâncias, tanto quando é acionado para jogar como também quando fica no banco.

"Ano passado, eu joguei pouco e tive um tempo para refletir o que eu precisava melhorar. Acredito que eu esteja colhendo os bons frutos do meu trabalho, pois mesmo fora do time titular, não deixei de trabalhar e buscar a minha melhora", declarou o arqueiro.

Entendo a dificuldade de jogar contra o Santos, sobretudo na Vila Belmiro, Mailson acredita que está preparado para o desafio. Já na cidade palco do jogo, o atleta reviveu um passado de quando ainda nem era jogador de futebol.

Quando tinha apenas 17 anos, ele e o irmão, Maurício, que hoje tem 33 anos, iam para Santos para vender óculos na praia. Sem licença para realizar a atividade, eles já tiveram que fugir da fiscalização pelo mar.

"Foi uma época difícil, mas de muito aprendizado e amadurecimento. Minha cidade em Alagoas não era uma das maiores, então a gente tinha que dar um jeito de conseguir o sustento", explica. "Íamos de ônibus, em uma empresa clandestina. Em média, eram quatro dias de viagem, mas às vezes alguns perrengues faziam esse percurso ser maior. Lá, a gente alugava uma casa e passava três meses, que era justamente o tempo em que as praias ficavam lotadas", emenda.

Essa era a realidade de Mailson até pouco tempo antes de pertencer à base rubro-negra. "Nunca pensei que seria um goleiro, mas se Deus deu um dom, eu vou, com a bênção dele, conseguir ir além".

Feliz por tudo que já viveu, Mailson espera voltar dessa viagem a Santos com os três pontos na bagagem. 

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