Enderson critica primeiro semestre frenético para clubes do Nordeste: "jogamos mais que o ideal"
Entre os clubes participantes da Série B, o "G-4" com mais partidas em 2023 é composto por equipes da região
O Sport vem encarando um primeiro semestre frenético na temporada. No mês passado, por exemplo, por conta das decisões do Estadual e da Copa do Nordeste, o Rubro-negro viu seus primeiros jogos da Série B serem adiados por falta de calendário. Além disso, também teve que entrar em campo pela Copa do Brasil. Para se ter uma ideia, o Leão já entrou em campo em 31 oportunidades no ano. Entre as equipes que disputam a Segundona, apenas CRB e ABC jogaram mais, com 35 e 32 partidas respectivamente. Na Copa Alagoas, no entanto, o Alvirrubro costumava utilizar um time alternativo.
Derrotado pelo Sport no domingo, o Guarani só teve 19 jogos na temporada. O Tombense, adversário desta quarta-feira, entrou em campo 20 vezes. Atual líder da Série B, o Criciúma acumula 24 jogos em 2023. Tal disparidade no número de partidas com clubes de outras regiões do País, foi comentada pelo técnico Enderson Moreira depois da vitória sobre o Bugre. Na visão do treinador, os clubes nordestinos sofrem com o excesso de jogos no primeiro semestre. Além dos Estaduais, as principais equipes também disputam o Nordestão.
Entre os times da Segundona, o quarto clube com mais jogos no ano é o Ceará. O Vozão soma 27 aparições no ano. "Um aspecto que eu acho que pesa muito para nós do Nordeste é que jogamos muito mais que o ideal. Em determinado momento, a gente tem uma sucessão de jogos, onde não conseguimos abrir uma semana, recuperar os atletas, preparar em algum momento uma situação”, começou.
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“As competições foram boas, positivas, mas jogamos muito mais que o ideal. Se a gente tirasse umas cinco ou seis partidas, a gente caminharia para o que acho que seria ideal para um início de temporada”, completou.
Contra o Guarani, o Sport venceu por 2x0, mas teve boas chances de fazer um placar mais elástico. De acordo com Enderson, as oportunidades desperdiçadas também têm ligação com o pouco tempo para recuperar os jogadores entre uma partida e outra.
“Estamos falando de chances que desperdiçamos, e pode ser até por acúmulo de jogos, desgaste. Às vezes, o jogador entra desgastado no jogo, fora das melhores condições. Às vezes, para encher o ‘tanque’ ele precisaria de mais um dia de recuperação e não temos. Ele tem que entrar com 90% do ‘tanque’ cheio, e sempre vai faltar um detalhe ou outro. Por isso, em determinado momento precisamos fazer esse cara sair do processo, abrir uma semana por nossa conta para que ele possa encher o ‘tanque’ novamente”, enfatizou.