Entidade pede que MPF investigue mãe de Dani Alves após exposição de mulher que o acusa de estupro
Ela usou foto e nome da vítima para questioná-la sobre o crime; jogador aguarda pelo julgamento, com data marcada para 5 de fevereiro
A União Brasileira de Mulheres (UBM) pediu que o Ministério Público Federal (MPF) dê abertura a uma investigação criminal contra Daniel Alves e sua mãe, Maria Lúcia Alves, que decidiu expor a vítima do estupro cometido pelo filho. O caso, no entanto, tramita em sigilo judicial.
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Segundo a entidade, Maria Lúcia teria cometido crime de violência psicológica contra a mulher, trazido no artigo 147-b do Código Penal Brasileiro, que trata do “dano emocional à mulher que a prejudique e perturbe seu pleno desenvolvimento ou que vise a degradar ou a controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, chantagem, ridicularização, limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que cause prejuízo à sua saúde psicológica e autodeterminação”.
Caso seja condenada, a autora da exposição pode receber de 6 meses a 2 anos de prisão, além de multa.
Em um post nas redes sociais, Lúcia Alves atacou a mulher e questionou se ela estaria realmente sofrendo após o abuso, ao falar que quer indenização. Ela também mostrou, nas publicações, fotos e vídeos da jovem se divertindo em bares e festas nos últimos meses.
O fato repercutiu a imprensa internacional, pois até então, o nome e o rosto da mulher não haviam sido revelados.
Há cerca de um ano, na noite de 30 de dezembro de 2022, o jogador Daniel Alves entrou em uma boate em Barcelona, fez sexo no banheiro da área vip contra a vontade desta mulher. Ele aguarda pelo julgamento, com data marcada para 5 de fevereiro.
Presidente da entidade que representou pela abertura da investigação contra a mãe de Alves, Vanja Andrea diz que a exposição de Maria Lúcia cumpre "um desserviço à luta das mulheres".
— Faz com que a vitima experimente um processo de mais violento, a difamação de sua imagem e violação de seus direitos mais basicos como o de ir e vir, de se divertir e tentar ser feliz "apesar de" — explica.