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Santa Cruz

Entre constantes, Santa encara mudança de postura e recuperação do sistema ofensivo

Tricolor contabiliza 16 gols marcados na Terceirona, sendo o time que mais balançou as redes na competição em 2020

Pipico marcou os dois gols do Santa Cruz no duelo contra o PaysanduPipico marcou os dois gols do Santa Cruz no duelo contra o Paysandu - Foto: Rafael Melo/SCFC

Há três rodadas, e pouco mais de uma semana sob comando da nova comissão técnica, o Santa Cruz se via preso a um dilema na estrutura de seu time: o desequilíbrio entre os setores defensivo e ofensivo, que se mostrava de variadas formas. De um lado, o alto aproveitamento da defesa chegou a garantir triunfos e a impedir tropeços por parte dos Pernambucanos. De outro, a queda gradual no poder ofensivo fez surgir questionamentos sobre a fase de seca enfrentada pelos homens de frente no Tricolor, e os desafios já enfrentados pelo elenco para retomar o caminho das pedras. Quase um mês depois, esse cenário já não é o mesmo. 

Entre as constantes mudanças de peças no time, hoje o plantel de Martelotte apresenta o outro lado da moeda, momento em que o ataque volta a fazer as pazes com as redes, e o Tricolor passa a ser a equipe com mais gols marcados na Terceira Divisão 2020, com 16 tentos. À frente, inclusive, do Brusque, que balançou as redes 15 vezes e é o líder do Grupo B, com 23 pontos. 

Na vitória por 2x1 ante o Paysandu, Pipico resolveu de novo e anotou dois gols, contribuindo para o processo de recuperação de seu setor, que antes da partida contra o Jacuipense, pela oitava rodada, não marcava há 11 jogos - quase dois meses. Tentando consolidar seu estilo de jogo, Martelotte comemorou o poder de reação do ataque e projetou melhorar a marca. 

“A gente mais uma vez funcionou ofensivamente, o que me deixa muito feliz. Conseguimos oito gols em três jogos, acho que é um bom aproveitamento. Mas a gente quer mais, a gente quer melhorar”, disse o treinador coral.  

“Eu cheguei com esse objetivo. Havia, no início, muito questionamento com relação ao nosso poder ofensivo, ao momento que os nossos atacantes viviam, eu sempre falei que iria corrigir isso com uma postura diferente dentro de campo, com uma evolução da equipe como um todo. É essa a resposta que a gente está dando hoje, um time ofensivamente mais perigoso para o adversário, e assim os nossos atacantes vão ter mais chances”, acrescentou. 

Um adendo, contudo, é importante ser feito: dos 16 gols anotados pelo time na Série C, 5 foram marcados por atacantes (Mayco Félix e Pipico, até aqui, são os responsáveis pelo feito, com dois e três gols, respectivamente), 6 por defensores, e 5 por jogadores que compõem o meio de campo.

Enquanto assistia o ataque voltando a funcionar, o sistema defensivo continuou ajudando de forma concreta lá na frente, com contribuição extra do lateral-direito Toty, que contabiliza dois tentos na Terceirona e tem sido peça essencial no elenco, tanto no momento de chamar a responsabilidade quanto ajudando os homens de frente com assistências. Nos três últimos jogos, registrou-se uma para Mayco Félix e duas para Pipico. "Do Toty, eu não preciso falar. O torcedor já sabe da dedicação do atleta, que vem mantendo o alto nível de atuação nas partidas", elogiou Martelotte. 

Sendo elemento chave do clube, com maior destaque desde que retornou de lesão, o camisa nove e artilheiro do time também foi ressaltado pelo comandante tricolor. “Pipico tem aproveitado essas oportunidades nesses dois últimos jogos, tem surgido chance também para os demais atacantes, fico satisfeito por isso. Mas ainda temos aspectos, mesmo nesse sentido, a evoluir, e vamos trabalhar muito nisso”. 

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