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Futebol

Entrevista: Alexandre Mirinda explana propostas para FPF

Mirinda visitou a Folha, onde foi recebido por Paulo Pugliesi, para explicar como vai conduzir gestão, caso seja eleito

Em visita à Folha, Mirinda foi recebido pelo diretor Executivo, Paulo PugliesiEm visita à Folha, Mirinda foi recebido pelo diretor Executivo, Paulo Pugliesi - Foto: Arthur Motta/Folha de Pernambuco

Ex-presidente do Santa Cruz na década de 1990, Alexandre Mirinda visitou a Folha de Pernambuco, onde foi recebido pelo diretor Executivo, Paulo Pugliesi, na sexta-feira, para apresentar suas propostas para a presidência da Federação Pernambucana de Futebol (FPF), que promoverá eleições no dia 18 de setembro, no Centro de Treinamento do Retrô, em Camaragibe, no Grande Recife. O bate-chapa será contra o atual mandatário da entidade, Evandro Carvalho. O antigo dirigente ressaltou a necessidade de retornar com as premiações nos torneios locais, incentivar a descoberta de novas promessas para ajudar nos cofres dos clubes pernambucanos, além de ter um olhar mais próximo ao futebol feminino, competições amadoras e aos representantes interioranos. 

Apoio à SAF

O futebol precisa ser tratado com profissionalismo. Não podemos esperar que os recursos caiam no nosso colo. Eu entendo que, para o mundo do futebol, a SAF pode ser uma solução. A emoção não pode ficar acima da razão. A história e o patrimônio do clube precisam ser mantidos, porque a marca é um ativo.

Categorias de base

Não temos como competir com o dinheiro do Sul-Sudeste. Então o que faremos? Investir na base. Quais os melhores times que já fizemos aqui? Os que tinham jogadores da região. O Náutico que bateu o Santos de Pelé tinha quase todo mundo daqui. O Sport já teve Bosco, Russo, Chiquinho, Nildo, tudo daqui. O Santa Cruz já teve Ramon, Luciano... o negócio é reforçar a formação de atletas. O maior ativo dos clubes de futebol são os jogadores. É pegar um diamante bruto, investir e transformar em um diamante lapidado, trazendo dinheiro ao clube. Temos também de fortalecer a Série A2, as ligas amadoras e as equipes de bairro. Muitos atletas podem surgir de lá. 

Interiorização

Criarei cinco diretorias regionais para começar um projeto de interiorização da federação. No Sertão, Agreste, Mata Sul, Mata Norte e Região Metropolitana do Recife. Já temos alguns nomes definidos. Visitamos 45 das 53 ligas. Oito não aceitaram nos ouvir porque estavam do lado de Evandro, mas tudo bem. Com as demais, sentei e apresentei minhas propostas para fortalecer o futebol pernambucano. 

Mudanças no Edital

Não nos informaram que a eleição tinha saído da sede da Federação Pernambucana de Futebol para o CT do Retrô. A comissão foi toda escalada por ele (Evandro, presidente da FPF). Essa eleição, por enquanto, não está transparente. Se eu ganhar, não será somente por méritos meu. Tenho consciência de que é também pelo desastre administrativo da gestão de Evandro. Essa eleição está judicializada. 

Premiação em competições

A Federação arrecada 8% da renda bruta das bilheterias dos clubes. Comigo, cairá para 6%. Ela ganha R$ 15 dos R$ 35 que entram no cofre dos clubes com o Todos com a Nota. Criaremos um Portal da Transparência para publicar tudo que entra e sai na Federação. Com esses recursos, daremos premiações em todas as nossas competições. 

Futebol feminino

Vou dar muita força ao futebol feminino. No campeonato passado, só tivemos seis clubes inscritos e dois saíram porque não tinham condições de entrar em campo. Temos de trazer patrocínios para ajudar as meninas.

Choque de calendários

Tenho que conversar com o pessoal da Liga do Nordeste. Não podemos brigar com eles. Não quero chegar e impor algo (datas que coincidem compromissos pelo Estadual e Regional). Outra coisa que também não pode acontecer é um clube ser eliminado em abril na Série A e voltar 16 meses depois para jogar na Série A2 do ano seguinte.

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