Estrutura sólida se sobrepõe aos desfalques no Santa Cruz
Desfalques de protagonistas não afetam comportamento da defesa tricolor e reposições dão conta do recado
A defesa é o principal pilar no trabalho de Itamar Schülle no Santa Cruz. Foi a partir dela em que o treinador estruturou o modelo de jogo e sobreviveu aos momentos mais delicados na temporada. Em paralelo a isso, se tornou fundamental para sustentar os demais setores do campo e, hoje, também cumpre papel no ataque. Esses fatores permanecem intactos independentemente da quantidade de desfalques e de quem está no gramado.
Há quase dez meses no cargo, Itamar Schülle participou ativamente da montagem do elenco da Cobra Coral para 2020. Entre idas e vindas, foram 18 contratações até o momento. Sendo que boa parte contou com o dedo do treinador, levando em conta jogadores que teve contato em outros clubes e o seu aval. Elivelton, Tinga, Toty e Bileu são reforços desta temporada que trabalharam diretamente em outras oportunidades com o atual treinador.
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A filosofia de Schülle já está amplamente conectada ao Santa e a postura da defesa coral no triunfo contra o Imperatriz foi o maior reflexo disso. Para a partida, o comandante tricolor não contou com o zagueiro Célio (treinando normalmente com o restante do grupo), Danny Morais (em transição física após se recuperar de uma lesão na coxa) e Toty (entorse no tornozelo), um dos protagonistas da equipe na Série C. Vale lembrar que Célio ocupou a lateral-esquerda após a transferência de Fabiano ao Operário/PR.
Polivalente, Augusto Potiguar substituiu Toty e, embora tímido ofensivamente, se mostrou eficiente para bloquear as ações do oponente. Já o lateral-direito Junior foi a opção no lado esquerdo e fez boas ultrapassagens para alcançar a linha de fundo. Denilson, por sua vez, manteve o equilíbrio ao lado de William Alves e anotou o primeiro gol do jogo. O setor defensivo foi desconfigurado pelos desfalques, mas em nenhum momento a compactação da linha de trás foi desbalanceada pela entrada dos reservas, tampouco a equidade com as outras fases do campo.
Para encarar o Vila Nova, no próximo sábado (5), ainda não é certo se Danny Morais estará à disposição do treinador tricolor, mas a volta de Célio, além da regularização de Elivelton, flexibilizam as alternativas da escalação. O formato do esqueleto, contudo, não muda.