Ex-diretor da Fifa é condenado a 16 meses de prisão por receber US$ 350 mil em suborno
Reynaldo Vasquez foi presidente da federação de futebol de El Salvador e havia se declarado culpado em processo na Justiça dos EUA
A Justiça dos Estados Unidos condenou o ex-presidente da federação de futebol de El Salvador a 16 meses de prisão, nesta quinta-feira. Reynaldo Vasquez, de 66 anos, havia sido acusado de receber US$ 350 mil em suborno, no ano de 2012. No ano passado, no decorrer do processo judicial, o ex-dirigente admitiu culpa no caso.
Vasquez recebeu o valor em propinas pelos direitos de mídia e marketing dos jogos das eliminatórias da Copa do Mundo. "Esse pagamento foi feito por transferência da conta bancária de uma empresa de marketing esportivo nos Estados Unidos. Vasquez acabou recebendo uma parte do dinheiro do suborno por meio de uma transferência eletrônica", afirmou o Departamento de Justiça dos EUA.
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Vasquez comandou a federação salvadorenha de futebol de junho de 2009 a julho de 2011. No final de 2015, ele foi preso durante uma investigação das autoridades americanas contra dirigentes da Fifa. Ele foi acusado em novembro de 2015 e extraditado para os Estados Unidos em 2021.
O ex-dirigente esportivo foi banido do esporte pela Fifa e recebeu uma multa no valor de US$ 512 mil em outubro de 2019, depois que um comitê de ética interno o considerou culpado de suborno. Como parte do seu acordo de confissão, no processo judicial nos EUA, Vasquez concordou em devolver US$ 360 mil para o governo salvadorenho.
O procurador do Distrito Leste de Nova York, Breon Peace, afirmou que Vasquez praticou corrupção motivado por ganância.
"O réu e seus co-conspiradores, motivados pela ganância, se desonraram ao encher seus bolsos com centenas de milhares de dólares em propinas, às custas de um belo esporte, da federação de futebol de El Salvador e da comunidade que servia", disse Peace.