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ESTADOS UNIDOS

Ex-jogador da NFL é acusado de comandar grande canil de rinha de cães nos EUA

Ex-running back já havia se declarado culpado por acusações estaduais relacionadas a rinhas de cães em 2004

LeShon Johnson, ex-jogador da NFL, é acusado de comandar grande canil de rinha de cães nos EUA LeShon Johnson, ex-jogador da NFL, é acusado de comandar grande canil de rinha de cães nos EUA  - Foto: Reprodução/Instagram

Autoridades federais dos Estados Unidos anunciaram, nesta semana, que desmantelaram um grande canil de rinhas de cães em Oklahoma, liderado pelo ex-running back da National Football League (NFL), LeShon Johnson. Ao todo, foram apreendidos 190 cães do tipo pit bull, no que foi descrito como o maior número de animais já confiscado de uma única pessoa em um caso federal.

Em um comunicado, o Departamento de Justiça informou na terça-feira que uma acusação de 21 crimes contra Johnson, de 54 anos, havia sido recentemente tornada pública em um tribunal federal de Muskogee, Oklahoma. Ele foi preso em 20 de março e formalmente acusado no mesmo dia, sendo liberado posteriormente, de acordo com documentos judiciais.

Johnson, que atuou pelo Green Bay Packers, Arizona Cardinals e New York Giants nos anos 1990, enfrenta acusações de crime por posse e tráfico de cães para uso em rinhas. Se condenado, poderá pegar até cinco anos de prisão e pagar uma multa de US$ 250.000 por cada acusação.

 

Ele já havia se declarado culpado por acusações estaduais de rinhas de cães em 2004, recebendo uma sentença suspensa de cinco anos.

“O FBI não tolerará criminosos que maltratam animais inocentes para sua forma distorcida de entretenimento”, disse Kash Patel, diretor do FBI, em um comunicado. “O FBI vê as investigações de crueldade animal como um indicativo de atividades criminosas maiores e organizadas, como tráfico e homicídios.”

Courtney R. Jordan, advogada de Johnson, recusou-se a comentar o caso na quarta-feira.

Os investigadores afirmam que Johnson "criou seletivamente cães de luta ‘campeões’ e ‘grandes campeões’ — animais que venceram, respectivamente, três e cinco lutas" como parte de sua operação criminosa, conhecida como Mal Kant Kennels, com base em Broken Arrow e Haskell, Oklahoma.

Ele vendia direitos de reprodução e descendentes de cães vitoriosos para outras pessoas envolvidas nas rinhas, promovendo a linhagem dos animais, segundo as autoridades.

Os promotores federais afirmam ter obtido mensagens de texto, e-mails e registros de transferências bancárias que comprovam que Johnson lucrou com sua operação de rinhas de cães.

O número de cães apreendidos com Johnson parece ser cerca de três vezes maior do que o encontrado na propriedade de outro ex-jogador da NFL cujo envolvimento em rinhas de cães dominou as manchetes no início dos anos 2000: o quarterback Michael Vick.

Johnson foi um dos destaques da Northern Illinois University, ficando em sexto lugar na votação do Troféu Heisman em 1993. Ele foi selecionado na terceira rodada do Draft da NFL de 1994 pelo Green Bay Packers, onde jogou por menos de duas temporadas, sem repetir o sucesso universitário. Passou parte de três temporadas no Arizona Cardinals.

Em 1998, ele assinou com o New York Giants como agente livre, mas sua carreira foi interrompida ao ser diagnosticado com linfoma não-Hodgkin. No ano seguinte, após passar por quimioterapia e radioterapia, ele conseguiu marcar dois touchdowns, segundo o jornal The Oklahoman, de Oklahoma City.

Sua recente prisão por maus-tratos a animais lembra o caso de Vick, o quarterback do Atlanta Falcons, que viu sua carreira promissora ser interrompida por uma condenação por rinhas de cães. Ele cumpriu 18 meses de prisão federal e mais dois meses em prisão domiciliar. Depois, retomou sua trajetória no Philadelphia Eagles, passando ainda pelo New York Jets e pelo Pittsburgh Steelers, antes de se aposentar em 2017.

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