Ex-namorada de surfista que agrediu atleta na Indonésia diz que também foi agredida por ele
A mulher relatou que sofreu violência e foi parar no hospital
Carolina Braga é ex-namorada do surfista João Paulo Azevedo. Nos últimos dias, circularam, pelas redes sociais, imagens do brasileiro agredindo, com socos, uma outra surfista, a americana Sara Taylor, em Bali, na Indonésia. As imagens mostram a confusão iniciada pelo capixaba ainda no mar e finalizada na faixa de areia da praia.
Em relato nas redes sociais, na tarde da quinta-feira (7), Carolina detalhou agressões que teria sofrido de João Paulo. A mulher relatou que sofreu violência e foi parar no hospital.
"Eu namorei o JP Azevedo em 2018 e 2019. Terminamos quando ele me agrediu fortemente. Fui parar em um hospital com traumatismo craniano", contou.
Ela disse que ficou com tanta vergonha do ocorrido que, à época, passou em meses em uma pousada no Rio de Janeiro, para que desse tempo de sumirem as marcas da agressão.
"Fiquei com tanta vergonha de tudo e principalmente da minha filha que tanto amo. Enfim, acabei me isolando por quase 3 meses em uma pousada no Rio, até saírem as marcas físicas. Mas as do coração essas ainda duram. Muito difícil tudo isso."
Em entrevista ao G1, Carolina explicou que postou, mas que não fazia ideia da repercussão que o material teria. E lembrou que, quando tudo ocorreu, conseguiu uma medida protetiva depois de denúncia.
Entenda o caso
Sara compartilhou vídeos da agressão nas redes sociais. Ela pediu ajuda aos seguidores para identificar os dois surfistas envolvidos no caso. Usuários brasileiros apontaram ser o capixaba JP Azevedo e o marcaram na postagem.
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As imagens mostram o momento em que um homem sem camisa a agride nos rosto. Após o ato violento no mar, a confusão continuou na praia. Os agressores tentaram impedir que um acompanhante da americana - identificado como Charlie - filmasse a briga e tentaram acertar Sara Taylor mais uma vez.
O jornal A Gazeta, do Espírito Santo, também identificou o surfista capixaba João Paulo Azevedo como um dos agressores que aparecem no vídeo. Há três semanas, o veículo apontou em reportagem que o atleta mora na Indonésia desde 2019. O segundo homem envolvido no caso ainda não foi identificado.
O Globo tentou contato com JP Azevedo pelas redes sociais, mas a conta do surfista no Instagram foi excluída. Em declaração dada ao G1, ele disse ter pensado que a americana era um homem, e alegou ter perdido a cabeça por causa de uma onda.
Essa menina parecia um homem, eu não sabia que ela era mulher. Ela surfava igual homem, se vestia igual homem. Ela tava pegando a onda de todo mundo, não estava respeitando ninguém. Eu fui perguntar porque ela tinha feito isso, ela passou e jogou água na minha cara, me xingou. E aí eu perdi a cabeça num estresse momentâneo e acabei agredindo ela.
Em publicação na internet, o surfista Adriano Portela admitiu "ter agido com raiva e desrespeito" no episódio, mas negou ter agredido fisicamente a atleta. Ele afirma que o vídeo não mostra tudo o que aconteceu.
O brasileiro pediu desculpas pelo ocorrido e disse ter entrado em contato com a vítima para tentar "fazer as pazes".