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"Ficamos assustados", diz Enderson sobre caso de Cariús às vésperas da final do Nordestão

Treinador se mostrou chateado com a forma que a investigação vem sendo tratada pela opinião pública

Igor Cariús, lateral-esquerdo do SportIgor Cariús, lateral-esquerdo do Sport - Foto: Rafael Bandeira/Sport Club do Recife

A má apresentação do Sport no primeiro jogo da final da Copa do Nordeste gerou questionamentos ao técnico Enderson Moreira. No revés para o Ceará, no Castelão, o clube pernambucano fez, talvez, a pior partida na temporada. Perguntado se havia alguma explicação para o desempenho da equipe leonina, o treinador rubro-negro mostrou dificuldades para apontar um motivo, e chegou a afirmar que o caso envolvendo Igor Cariús, alvo de mandado de busca e apreensão, gerou impacto no elenco. 

"Tivemos uma coisa muito chata. Nem queria tocar nesse assunto, mas aqui a gente condena uma pessoa muito rápido sem comprovação", começou.

"Ficamos assustados como há uma condenação rápida, e depois que a coisa passa ninguém nem lembra. Acho que no Brasil, a gente tem uma vocação para valorizar as coisas que são péssimas", continuou o treinador. 

Na véspera do confronto com o Ceará, Igor Cariús teve materiais pessoais confiscados por ordem do Ministério Público de Goiás (MPGO), através do Ministério Público de Pernambuco (MPPE). O jogador é investigado na Operação "Penalidade Máxima II", que tenta desvendar possíveis manipulações de resultados em jogos do futebol brasileiro durante o ano passado. Na época, o lateral defendia as cores do Cuiabá. 

No dia do embarque rubro-negro para Fortaleza, o atleta foi o último a embarcar. Relembrando o acontecimento, Enderson não escondeu sua chateação com a forma que o caso do jogador está sendo tratado.  "Estamos passando por um processo de investigação de atletas que têm defendido muito bem seu espaço, sendo tratados como marginais, e não temos provas ainda. Há indícios, mas ninguém sabe o que é. Não podemos tomar partido sem definição", enfatizou. 

Sofrendo com o episódio de Cariús, o técnico leonino relembrou a discussão que teve com jogadore do Retrô no primeiro jogo da final do Estadual para salientar que não gosta de injustiças. "Não deveria ter feito. Eu faço muita coisa boa, sou um boa pessoa, invisto em outras pessoas, não sou um vagabundo. Foi uma questão de jogo. O ser humano não pode ser taxado como marginal e vagabundo por momentos de estresses e pressão", finalizou. 

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