França desiste de desalojar livreiros das margens do Sena para segurança dos Jogos Olímpicos
Organização reduziu à metade capacidade de presentes para cerimônia de abertura
Os livreiros das margens do Sena, em Paris, vão manter as suas icônicas banquinhas verdes durante os Jogos Olímpicos, depois de as autoridades terem renunciado à controversa decisão de retirada por razões de segurança, anunciou nesta terça-feira a Presidência francesa.
“O presidente [Emmanuel Macron] pediu ao ministro do Interior e ao prefeito da polícia de Paris que preservassem o grupo de livreiros e não obrigassem nenhum deles a se mudar”, na ausência de uma “solução de consenso”, especificou.
Por ocasião da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos, em 26 de julho, que ocorrerá ao longo de seis quilômetros do rio Sena, as autoridades anteciparam a retirada "por dias" de quase 600 dos 900 vendedores para razões de segurança.
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No entanto, os 'bouquinistes' - são cerca de 230 - rejeitaram esta medida, especialmente porque algumas das estruturas têm até 150 anos. Espera-se que cerca de 15 milhões de visitantes estejam presentes na capital nos dias dos Jogos.
Macron, que chamou estes livreiros de “patrimônio vivo da capital”, pediu a alteração da medida de segurança, depois de as autoridades terem reduzido para metade a capacidade da cerimônia de abertura, a cerca de 300 mil espectadores, segundo a Presidência.
Herdeiros dos vendedores ambulantes de livros do século XVI, os 'bouquinistes' vendem livros de segunda mão e até 'lembranças' turísticas. Eles povoam os cais do Sena e tornaram-se um símbolo da capital francesa.