Paralimpíadas

Gabriel Araújo e Beth Gomes serão os porta-bandeiras na abertura dos Jogos Paralímpicos

Cerimônia no centro da capital francesa vai reunir atletas de 184 países

Gabriel e Beth: ouros em mundiais e em Jogos Paralímpicos na natação e no atletismo, as modalidades que mais deram pódios ao Brasil na história do megaeventoGabriel e Beth: ouros em mundiais e em Jogos Paralímpicos na natação e no atletismo, as modalidades que mais deram pódios ao Brasil na história do megaevento - Foto: Alê Cabral / CPB

O mineiro Gabriel Araújo e a paulista Beth Gomes serão os porta-bandeiras da delegação brasileira na Cerimônia de Abertura dos Jogos Paralímpicos. Agendada para a próxima quarta-feira (28), em Paris, o desfile ocorrerá da Champs–Élysées e seguirá até a Praça da Concórdia, cartões-postais da capital francesa.  

Um talento da nova geração da natação e uma veterana do atletismo. Ambos campeões mundiais. Ambos medalhistas de ouro. As duas modalidades são as que reúnem o maior número de pódios para o Brasil na história dos Jogos: 170 no atletismo e 125 na natação. 

“Fiquei muito feliz, emocionado. Uma honra máxima ter a oportunidade de estar numa Paralimpíada, de estar numa abertura e carregar nossa bandeira. Quando soube, o coração estava meio que gritando, doido para sair pulando e contando para todo mundo”, brincou Gabriel, 22 anos, ouro nos 200m livre e nos 50m costas nos Jogos de Tóquio, no Japão, em 2021, na classe S2.

“Vou realizar um sonho: representar os atletas, a nação, num momento mágico e único, onde poucos e grandes atletas tiveram essa oportunidade”, completou Gabrielzinho, como é conhecido o mineiro de Santa Luzia, que nasceu com focomelia, doença congênita que impede a formação habitual de braços e pernas. 

A paulista Beth Gomes, de 59 anos, tem ampla história de conquistas no atletismo da Classe F53, com destaques para o ouro no lançamento de disco nos Jogos de Tóquio e os títulos mundiais na mesma prova e no arremesso de peso em Paris, no ano passado.

“Quando me falaram que eu seria a representante para conduzir o pavilhão do nosso querido Brasil na abertura, só chorei e chorei. Confesso que não estava imaginando. Representa muito na minha vida. São quase 30 anos de esporte paralímpico. Vou levar comigo como um legado”, resumiu Beth, que era jogadora de vôlei em 1993, quando foi diagnosticada com esclerose múltipla. 

No coração da cidade 

 Assim como ocorreu nas Olimpíadas, a cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos terá um padrão diferente de tudo o que já foi feito em megaeventos esportivos. Os seis mil atletas que representam 184 nações serão convidados a um desfile pelo centro de Paris, fora de um estádio. O desfile passará pela Champs–Élysées e seguirá até a Praça da Concórdia, uma das regiões mais visitadas na capital francesa.  

“Estou ansioso para mostrar esse espetáculo que transformará o coração de Paris, com performances nunca vistas antes. Um show que vai destacar os atletas paralímpicos e os valores que representam, e que unirá espectadores em todo o mundo ao redor do espírito único dos Jogos Paralímpicos”, afirmou o diretor artístico da cerimônia, Thomas Jolly. 

Acessibilidade 

 Depois do desfile, haverá um bloco artístico e com as cerimônias protocolares e institucionais na Praça da Concórdia. O Comitê Paralímpico Internacional trabalhou com o grupo de cerimônias para garantir que a acessibilidade universal e os conceitos de inclusão sejam incorporados em todos os aspectos, para que atletas, participantes e espectadores possam desfrutar de uma experiência livre de barreiras.

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