Gilberto e seu reencontro com o Santa Cruz no Arruda
Artilheiro do tricolor pernambucano em 2011, o atacante jogará neste sábado do outro lado do campo, defendendo as cores do Esquadrão baiano, onde é um dos principais nomes do técnico Roger Machado
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Qual é o atleta que gosta de jogar contra o time que o formou? Essa talvez seja mais uma das várias perguntas sem resposta do futebol. Das várias versões, cenários e contextos, um reencontro será protagonizado neste sábado (25), quando Santa Cruz e Bahia se enfrentam pela primeira rodada da Copa do Nordeste 2020. Longe de ser um jogo qualquer, o clássico regional proporcionará a volta ao passado de um jogador que hoje defende as cores do Tricolor de Aço, mas que deixou boas lembranças ao Santa, especialmente em 2011, ao fazer parte do elenco que fez o clube coral ressurgir das cinzas.
Um Arruda habitual, preenchido por milhares de torcedores que um dia já gritaram seu nome. É sob esse cenário que Gilberto deve entrar em campo e encarar o seu velho clube. Natural de Piranhas, Sertão de Alagoas, o centroavante de 30 anos foi revelado pelo Confiança, mas chegou ainda garoto no Recife, aos 17 anos - integrou as categorias de base do Tricolor do Arruda de 2007 a 2009 -, passou a integrar o elenco principal em 2010 e viveu no Santa Cruz o "start" para a carreira, sendo o tricolor pernambucano o clube que o projetou nacionalmente, ainda no início de 2011, com uma campanha que rendeu ao Mais Querido o título Pernambucano em cima do Sport, na Ilha do Retiro, e a Gilberto a honraria de melhor jogador e vice-artilheiro do Estadual, com 12 gols.
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Os frutos do bom desempenho foram colhidos e o atacante foi contratado pelo Internacional, em maio. A falta de oportunidade no elenco principal do colorado pesou, uma vez que o alagoano tinha nada mais, nada menos que Leandro Damião como concorrente de posição. Gilberto não rendeu o que se esperava e, no segundo semestre de 2012 foi emprestado ao Sport. Apesar da desconfiança da torcida rubro-negra, tendo em vista o faro de goleador redobrado a cada encontro com o Leão, quando ainda vestia a camisa do Santa, Gilberto disputou 25 partidas e marcou 7 gols pelo clube rubro-negro. O jogador cruzou o caminho de outras equipes, como Portuguesa, Toronto FC, do Canadá, Vasco, Chicago Fire, dos EUA, São Paulo, Yan Malatyaspor, da Turquia, e atualmente o Bahia.
Gilberto faz parte do Tricolor de Aço desde 2018. No ano seguinte, o centroavante marcou os dois gols da vitória dos baianos sobre o Santa Cruz, em jogo válido pela segunda rodada da Copa do Nordeste, na Arena de Pernambuco, mas não comemorou em “respeito à torcida do Santa” e ao clube. Após quatro anos sem pisar no Arruda - a última vez foi em 2016, quando atuava pelo São Paulo e saiu do banco de reservas -, local onde cravou seu nome na história do clube, Gilberto reencontra sua velha casa e parte das raízes fincadas no gramado coral até os dias de hoje.