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Governo do Estado se posiciona contra a realização da Copa América em Pernambuco

Nota oficial aponta para o recrudescimento da pandemia com aumento de casos, sobretudo no Agreste e na Região Metropolitana do Recife

Seleção brasileira, na última participação em Copa AméricaSeleção brasileira, na última participação em Copa América - Foto: Nelson Almeida/AFP

Com o anúncio feito pela Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) sobre a confirmação do Brasil como sede da Copa América deste ano, nesta segunda-feira (31), com agradecimento ao presidente Jair Bolsonaro por viabilizar sediar a competição, o Governo de Pernambuco se posicionou contra a realização do evento no Estado, sob o argumento do recrudescimento da pandemia com aumento de casos, sobretudo no Agreste e na Região Metropolitana do Recife.

Segundo a CBF, o país tem estádios de Copa do Mundo que estão ociosos, como Mané Garrincha em Brasília, Arena da Amazônia, Arena de Pernambuco e Arena das Dunas, em Natal. A ideia seria colocar um grupo para jogar em Manaus e Brasília, o outro nos dois estádios do Nordeste. No entanto, a possibilidade de sediar a Copa América não está nos planos do Governo de Pernambuco, que se pronunciou por meio de nota.

"O Governo de Pernambuco monitora, de forma permanente, por meio do Gabinete de Enfrentamento à Covid-19, os indicadores da doença no Estado. Nas últimas semanas, foi identificada uma nova aceleração dos casos, que motivou novas medidas restritivas no Agreste e na Região metropolitana. Apesar de ainda não ter sido procurado oficialmente pela Confederação Brasileira de futebol (CBF), o Governo do Estado reforça que o atual cenário epidemiológico não permite a realização de evento do porte da Copa América no território de Pernambuco", diz a nota do governo.

Copa América
O Brasil sequer era tratado como uma possibilidade até este domingo. Tudo mudou nesta segunda (31), com o intermédio do presidente da CBF, Rogério Caboclo, que fez a interlocução entre a Conmebol e Bolsonaro. A entidade sul-americana ainda tenta viabilizar a presença de público na final do torneio, mas o governo federal disse que esse tema deve ser debatido com o estado sede.

Em 2019, quando o Brasil sediou o torneio pela última vez, Bolsonaro fez diversas aparições em público durante o evento. Na semifinal, por exemplo, deu uma volta no gramado durante o intervalo, o que chegou inclusive a irritar Lionel Messi, que com a Argentina perdeu aquela partida para o Peru.

Na final, o presidente esteve ao lado do mandatário da Conmebol, Alejandro Domínguez, foi ao gramado para a cerimônia de premiação e se juntou aos jogadores com a taça de campeão.

A influência do governo federal para trazer um evento do tamanho da Copa América para o Brasil em plena pandemia já repercute no meio político. Ciro Gomes, do PDT, pediu à CPI da Covid a convocação de Rogério Caboclo para dar explicações.

 

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