Gramado sintético será proibido no Brasileirão? Entenda o que pensa a CBF e os próximos passos
Clubes entraram em embate durante o conselho técnico da Série A
A grama sintética, considerada vilã para alguns clubes e ‘tapetinho’ para outros, voltou a pauta do futebol brasileiro. Dessa vez de forma mais incisiva. Durante o Conselho Técnico da Série A, realizado nesta terça-feira, o debate ganhou corpo com presidentes de clubes se posicionando contra e a favor, sobretudo em relação a quantidade de lesões dos atletas. Para a temporada deste ano ainda vale jogos no sintético. A ideia é que caso esse tipo de gramado seja proibido, isso aconteça a longo prazo.
Para trazer a questão para o lado técnico, a CBF convocou o Conselho de Médicos, que revelou estudos que mostram vantagens e desvantagens dos gramados artificiais e naturais, e irá contratar uma consultoria internacional para fazer um relatório sobre esse tipo de gramado. Porém, segundo fontes da confederação, ela não irá opinar diretamente sobre o assunto. Apenas dará subsídios para que os próprios clubes definam qual a melhor solução.
Dentro da CBF há consenso de que não cabe a confederação definir sobre essa questão, que deve ser deliberada pelos clubes. A justificativa é que as entidades superiores a ela hierarquicamente, Conmebol e Fifa, não proíbem o gramado artificial. E por isso não faria sentido ela vetar o sintético.
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Essa decisão será debatida pela Comissão Nacional de Clubes, que reúne representantes de nove clubes. São cinco da Série A, dois da Série B e as Séries C e D tem um representante cada. Por enquanto só os times da Série A foram escolhidos: Atlético-GO, Fluminense, Fortaleza, Internacional e São Paulo. Os conselhos técnicos das demais divisões ainda não aconteceram e por isso os representantes ainda não foram escolhidos. Por conta disso, não há nenhuma reunião marcada.
O tema será decidido, enfim, pelos conselhos técnicos. O de 2025 promete ser mais agitado do que o deste ano, já que estudos estarão da mesa e servirão como base para uma tomada de decisão.
Quem puxou coro contrário ao gramado sintético foi o presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, que teve o apoio de Alfredo Sampaio, presidente da Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol. Os argumentos de ambos, de que os gramados prejudicam os atletas e favorecem lesões, foram contrapostos por Leila Pereira, presidente do Palmeiras, único clube a usar o grama artificial ao lado de Botafogo e Athletico.