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JULGAMENTO

HD desaparecido pode revelar detalhes do quadro de saúde de Schumacher? Entenda temor da família

Tribunal alemão julga ex-segurança que roubou mais de 1.500 arquivos confidenciais do clã

Nesta foto de arquivo tirada em 22 de novembro de 2012, o então piloto alemão de Fórmula 1 Michael Schumacher se inclina entre dois pneus na pista de corrida de Interlagos, em São Paulo, Brasil. Nesta foto de arquivo tirada em 22 de novembro de 2012, o então piloto alemão de Fórmula 1 Michael Schumacher se inclina entre dois pneus na pista de corrida de Interlagos, em São Paulo, Brasil.  - Foto: Orlando Kissner / AFP

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A família de Michael Schumacher teme que informações particulares sobre o ex-piloto vazem ao público em meio às buscas por um HD roubado por um ex-funcionário. O ex-guarda-costas do clã Markus Fritsche e dois cúmplices são julgados na Alemanha por terem ameaçado divulgar dados sensíveis do estado de saúde do heptacampeão, caso não recebessem 15 milhões de euros (quase R$ 95 milhões, na cotação atual).

Segundo o Daily Mail, as autoridades conseguiram recuperar quatro pen drives e um HD na casa de Yilmaz Tozturkan, amigo de Fritsche, mas outro disco rígido segue sumido.

O clã restringe o acesso a informações de saúde da lenda da Fórmula 1 desde que ele sofreu um acidente de esqui, em 2013, na França. Ao perceber que seria demitido, quando a família resolveu restringir o acesso a Schumacher, o ex-segurança roubou mais de 1.500 arquivos confidenciais, entre fotos, vídeos, listas de medicamentos e prontuários.

De acordo com o Daily Mail, o temor é que pessoas de fora do círculo de confiança da família acessem dados de saúde no HD desaparecido.

A família Schumacher pediu à Justiça que partes do julgamento da tentativa de chantagem sejam vedadas ao público. O objetivo é manter a privacidade do ex-piloto em meio à discussão do caso na Corte alemã.

Segundo o Daily Mail, a mulher do heptacampeão, Corinna Schumacher, orientou os advogados que representam a família a requererem à Corte de Wuppertal que depoimentos com informações da saúde do ex-piloto sejam colhidos a portas fechadas.

Caso o pedido da família seja aceito, jornalistas e eventuais curiosos serão retirados da sala do tribunal durante a oitiva de testemunhas que possam falar sobre a saúde de Schumacher.

"Uma moção foi apresentada pela família Schumacher para que partes do caso relacionadas ao estado de saúde do Sr. Schumacher sejam mantidas em segredo do público. Não vejo nenhuma razão pela qual o juiz não atenderia a esse pedido e isso significaria que o público seria convidado a deixar o tribunal quando esses detalhes fossem discutidos", confirmou um porta-voz tribunal de Wuppertal, Wolf-Tilman Baumert, ao Daily Mail.

A família foi vítima da chantagem milionária de um grupo de três pessoas, incluindo o ex-guarda-costas, demitido após oito anos de serviços prestados. Markus Fritsche chamou para o plano criminoso seu amigo de longa data, o segurança Yilmaz Tozturkan, e o filho dele Daniel Lins, especialista em tecnologia da informação.

Markus Fritsche foi contratado pelo clã um ano e meio antes do acidente de esqui. Depois da fatalidade, a família decidiu restringir quem poderia ficar perto do ex-piloto e da mansão. Quando percebeu que seria dispensado, Markus Fritsche teria arquitetado o plano de chantagem. Ele recolheu quatro dispositivos USB e dois discos rígidos da mansão do patrão.

De acordo com o jornal Daily Mail, os equipamentos continham informações sensíveis sobre o estado de saúde do heptacampeão da Fórmula 1, que vive recluso desde 2013.

Os três criminosos foram presos pela polícia alemã em julho deste ano, no estacionamento de um supermercado. A detenção ocorreu depois de Yilmaz Tozturkan ligar para a família e ameaçá-la com a chantagem, dias antes. Daniel Lins chegou a enviar imagens para o clã, para provar o acesso aos arquivos confidenciais. A entrega do dinheiro ocorreria no escritório do advogado dos Schumacher. Os suspeitos foram colocados sob vigilância depois do telefonema.

O promotor de Wuppertal, Wolf-Tilman Baumert, anunciou em setembro que a investigação do caso estava concluída. O Ministério Público de Wuppertal denunciou os três detidos, que, se forem considerados culpados, podem ser pegar penas de até quatro anos de prisão.

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