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Futebol

Hélio explica utilização de atletas base e cita passado como "lançador de talentos"

Técnico detalhou situações envolvendo o meia Carpina e o lateral-direito Thassio, nomes que foram mais usados apenas na reta final da Série B 2021

Carpina, meia do NáuticoCarpina, meia do Náutico - Foto: Tiago Caldas/CNC

Na reta final da Série B do Campeonato Brasileiro 2021, o técnico Hélio dos Anjos tem dado mais oportunidades a atletas da base que, anteriormente, não estavam atuando com regularidade na equipe. Casos do lateral-direito Thassio, titular após lesão de Hereda, além de Luan (lateral-esquerdo) e Juninho Carpina (meia) - esse último começou jogando diante do Avaí. Questionado sobre o assunto, o treinador indicou os motivos para não ter lançado os jovens mais cedo na equipe principal. 

“Sobre Carpina, dizem “ah, mas não deu (chance). Não podia ter dado. Nos últimos cinco meses, ele adquiriu cinco quilos de massa muscular. Em junho, era uma coisa. Hoje, é outra. Massa muscular dá força. Como um jovem, que sai do sub-20 e encara jogadores formados ( no profissional), muitas vezes não estava preparado. Tecnicamente, nunca foi um problema. Mas, fisicamente, ele tinha. Carpina, religiosamente, precisava passar por um trabalho de força. Com isso, ele criou mais competitividade. Para mim, o que mais chama atenção nele é isso. Ele fez 11 sessões acima de 23 quilômetros no jogo passado. Sem força, você não consegue se recuperar. Esse trabalho é muito importante na base porque abrevia o tempo de adaptação no profissional”, disse.

“Thássio teve uma torção no tornozelo no início da temporada, parecida com a de Caio Dantas. Isso acabou atrasando a vida dele em três meses, já que ele passou esse tempo todo na fisioterapia. Ele tem força natural. Também passa por um processo de adquirir mais massa muscular”, completou. 

Já pensando em 2022, o treinador citou alguns nomes da base que podem ganhar mais espaço na próxima temporada. “Temos um menino no sub-17 (Rodrigo Leal) interessante. Jogador que faz gol até na brincadeira de ‘bobinho’. Se olhar os números na base, vocês vão ver. Centroavante formado aqui, na escolinha. Tem Bernardo, de 17 anos, zagueiro, que também está passando pelo processo que Carpina passou. Tem Dudu, Luan (lateral-esquerdo), Fernando, do sub-20...estamos atentos a isso”, declarou

Passado como lançador de talentos

Para embasar o argumento de que busca dar chances aos atletas mais novos, Hélio dos Anjos recorreu a casos do passado em que lançou atletas que despontaram posteriormente no cenário nacional. 

“Quem faz jogador é o clube. É preciso um processo. Tive na carreira muitas felicidades. Cheguei no Vitória e vi Hulk, aos 17 anos, treinando em uma quinta-feira. No domingo, ele foi titular no jogo contra o Internacional. No Grêmio, em uma quarta-feira, vejo Tinga treinando e levo o jogador para ser meu titular contra o Juventude. Isso é sorte, estrela. Sem falar em outros clubes. Russo, grande lateral do futebol pernambucano, eu vi em uma preliminar, no jogo do Sport contra o Central. Givaldo fraturou o nariz em um jogo e, no domingo, Russo estreou em um clássico contra o Santa Cruz, na última partida do time, em 1996. Ele foi a grande revelação e chegou até a Seleção Brasileira”, lembrou. 

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