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Náutico

Hélio reconhece Náutico abaixo da crítica no clássico e diz: 'erramos e pagamos caro'

Treinador reconheceu falhas de marcação nos gols do Sport, e afirmou que equipe não soube competir diante do rival

Hélio dos Anjos, técnico do NáuticoHélio dos Anjos, técnico do Náutico - Foto: Tiago Caldas/CNC

Após oito jogos de invencibilidade no Estadual, o Náutico conheceu sua primeira derrota na competição, diante do Sport, neste domingo. O revés veio em um momento aceitável, uma vez que o Alvirrubro já estava com a primeira colocação garantida e também com a vaga na semifinal carimbada. Entretanto, serviu para ligar o alerta da equipe para a sequência do campeonato. 

Ao contrário do ataque, o setor defensivo vem deixando a desejar. Foram 11 gols tomados em nove jogos, sendo cinco deles apenas nos dois últimos compromissos. Segundo Hélio dos Anjos, a equipe não pode tomar gols como os sofridos ante o Sport.

"Comemoro junto com eles os dados positivos, sempre enalteci que foi de grande importância baixar a média de gols tomados para se mantermos na Série B. Agora não estou gostando. Não só por causa desse jogo de hoje e do com o Afogados. Estou impaciente de antes. Nessa semana treinamos taticamente marcação. Hoje achei horrível ou pior, pois tomamos gols de bola parada. O terceiro gol que tomamos para mim é ridiculo em termos de posicionamento, movimentação. Erramos e pagamos caro, mas vamos buscar os acertos. Quando tem acerto, trabalhamos pela motivação, quando tem erro, pela obrigação", falou. 

Apesar da busca por melhora no setor defensivo, o treinador fez questão de ressaltar que a culpa pela derrota não foi exclusivamente dos homens de marcação. Para ele, faltou um pouco mais de efetividade do time na frente para não ceder tanto contra-ataque ao rival.

"Tudo é circunstancial. Parece que quem não jogou nada foi a nossa defesa. Quem deixou de jogar foi nosso time. Não se faz uma defesa só com a linha de quatro atrás, mas sim com a participação de todos os jogadores. Erramos no primeiro gol, e o jogo ficou à mercê de transições rápidas do Sport. Jogamos no campo do adversário mas sem dar profundidade. Não atacamos a linha de quatro do adversário, e isso acarretou em perder a bola e dar a transição para eles", explicou.

"Eu não posso estar aqui achando que minha defesa foi totalmente batida pelo Sport. Eu sei que o Sport teve momentos bem positivos, e meus jogadores serão cobrados por isso. Não gosto que meu time faça um clássico sem competir, sem fazer que o adversario sinta o peso do jogo. Não fizemos isso e parece que você tem a pior defesa do mundo. Não é nada disso", completou.

Na semifinal, o Náutico vai encarar o vencedor de Santa Cruz e Afogados, que medem forças no meio de semana, no Arruda. Para Hélio, o momento é de não se abalar pelo resultado negativo no clássico e manter a confiança em alta para chegar à final.

"Independente do adversário, temos que ser fortes. É apenas um jogo, ou mata ou morre. A vantagem é jogar em casa. Mas, sem torcida, não tem vantagem. Qualquer um joga em qualquer lugar sem torcida. Temos que ser fortes, continuar com a confiança em alta, não podemos deixar de acreditar. A minha função no momento é cobrar, mas acima de tudo enaltecer os feitos positivos, dar confiança aos atletas para irmos para esta decisão melhor, e iremos."

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