Paris-2024

Vacilo de Hugo Calderano não diminui feito histórico e sonho de medalha segue vivo nas Olimpíadas

Tenista de mesa brasileiro disputa o bronze contra francês, neste domingo (4), e pode se tornar o primeiro medalhista olímpico da modalidade no país

Hugo Calderano ainda tem chance de ganhar a medalha de bronze Hugo Calderano ainda tem chance de ganhar a medalha de bronze  - Foto: WANG ZHAO/ AFP

Direto de Paris, França – Sentimentos são impossíveis de serem mensurados ou comparados. No entanto, se tivesse uma aposta aleatória de qual atleta brasileiro está mais triste e abatido após a primeira semana de Jogos Olímpicos em Paris, um nome forte seria o do carioca Hugo Calderano.

A imagem do tenista de mesa após a semifinal, em que perdeu para o sueco Truls Moregardh, é de um abatimento visível.

Claro que toda derrota é dolorida, ninguém entra para perder, mas a forma que se perde dita a intensidade e a forma da dor. E Calderano sentiu na pele o gosto agridoce do ‘quase’.

Antes de mais nada, ressaltar que o que o brasileiro conquistou, em Paris, ninguém tira. O tênis de mesa chegou onde jamais havia conseguido chegar até então, entre os quatro melhores do mundo. Isto, por si só, já seria suficiente para o carioca voltar ao Brasil com orgulho e a sensação de dever cumprido.

Porém, o instinto de atleta de alto rendimento, juntamente com o sentimento natural dos milhares de torcedores que conquistou, fez o país acreditar que dava para a história ganhar proporções ainda maiores com uma possível final. E o primeiro set, quando Calderano abre 10 a 5 no placar, fez a Arena Paris Norte tremer.

Só que, aí, veio o vacilo: foram 7 oportunidades consecutivas de fechar o primeiro set e não conseguiu. Viu, ao contrário, o sueco fazer sete pontos consecutivos e conquistar o primeiro set por 12 a 10.

A partir daquele momento, já estava bem claro para todos os presentes que Hugo havia sentido o golpe.

Mesmo com um segundo set apertado (16 a 14), novamente vencido por Moregardh, o brasileiro seguiu errando jogadas que não costuma errar. Quando venceu o terceiro set por 11 a 7, até se criou um clima de reação, mas o adversário fez questão de devolver o placar no quarto set.

Apesar de já ter se instalado um clima de já ganhou, por parte do sueco, Calderano conseguiu conquistar o quinto set, vencendo por 12 a 10, e diminuindo a vantagem para apenas um set.

Mas, Moregardh só precisava vencer mais um e foi justamente o sexto, por 11 a 8, sem muitos sustos para fechar o placar em 4 a 2.

Ao fim, cabisbaixo, o tenista de mesa brasileiro recebeu o carinho dos torcedores, que fizeram muito barulho gritando pelo nome dele e aplaudindo bastante. Mas, não era suficiente. Estava estampado na cara dele que não era suficiente.

“Fica um pouquinho da sensação de frustração, mas, sinceramente, deu para ver que ele jogou muito bem, o jogo foi ótimo e o que importa é que ele chegou até aqui, o resultado já é histórico. Obrigado, Hugo Calderano”, comemorou o engenheiro civil Rodrigo Pimenta, com uma bandeira do Brasil enrolada no pescoço.

Não é porque não chegou à final que a história que Hugo Calderano tem protagonizado no tênis de mesa brasileiro não pode se tornar maior.

O atleta pode se tornar o primeiro medalhista olímpico da modalidade no Brasil e, para isso, precisa vencer o francês Felix Lebrun, neste domingo (4), às 8h30 pelo horário de Brasília.
 

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