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Futebol

Infantino cobra união dos países e promete 'medidas mais robustas' contra o racismo no futebol

A entidade já elaborou um 'plano de três etapas', que será discutido em reunião entre os países.

Presidente, reeleito da FIFA, Gianni InfantinoPresidente, reeleito da FIFA, Gianni Infantino - Foto: SIMON MAINA/AFP

Presidente da Fifa, Gianni Infantino, voltou a bater na tecla do racismo durante o 48º Congresso Ordinário da Uefa, realizado em Paris, na França. O mandatário pediu união dos países para combater tal crime que vem sendo recorrente no futebol mundial e voltou a mencionar a possibilidade de implantar a "derrota automática" caso as ofensas não acabem. O discurso foi semelhante ao que fez após o goleiro Maignan, do Milan, ser alvo de injúrias raciais no confronto com a Udinese, pelo Campeonato Italiano.

"Dizemos que o futebol une o mundo, mas nosso mundo está dividido, nosso mundo é agressivo e, nas últimas semanas e meses, testemunhamos, infelizmente, muitos incidentes racistas. Isso não é mais aceitável. Temos que parar com isso, e temos que fazer o que pudermos para parar com isso. O racismo é um crime. O racismo é algo terrível. O que eu sugiro a vocês, além de tudo isso, é que trabalhemos juntos para entregarmos uma forte resolução no congresso em Bangkok. Vamos fazer isso juntos, todos os 211 países da Fifa na luta contra o racismo. Vamos parar com isso agora. Vamos fazer tudo juntos de uma maneira unida."

Infantino espera trazer "medidas mais robustas" no combate contra o racismo no 74º Congresso da Fifa, que acontecerá no dia 17 de maio, em Bangkok, na Tailândia. A entidade já elaborou um 'plano de três etapas', que será discutido em reunião entre os países. A ideia capacita os árbitros a agir se ocorrer abuso racista. Eles poderão interromper a partida em duas oportunidades, antes de declará-la abandonada.

"Devemos assumir nossas responsabilidades. É preciso impor uma derrota automática aos clubes responsáveis. O que fazemos hoje, infelizmente, não vem sendo o suficiente", finalizou o mandatário.

No duelo entre Milan e Udinese, o jogo chegou a ficar paralisado por cinco minutos até que o goleiro Mike Maignan fosse convencido a voltar a campo. Ele, no entanto, não deixou de criticar os torcedores pelas ofensas racistas e cobrou maior apoio da Fifa, que saiu em defesa do atleta.

Vários brasileiros também foram alvos de racismo nos primeiros torneios da Europa. O caso mais emblemático é do atacante Vinicius Júnior, do Real Madrid, que vem recebendo constantes ofensas, a última na vitória sobre o Getafe por 2 a 0, no dia 01 de fevereiro.

A LaLiga, inclusive, já fez dez denúncias envolvendo o brasileiro à Comissão Antiviolência da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), mas nenhuma sanção esportiva foi aplicada. Com novas medidas a serem impostas pela Fifa, Infantino acredita que poderá dar um ponto final nos casos de racismo no futebol.

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