Agência Mundial Antidoping pede suspensão de Jannik Sinner, nº 1 do mundo, por até 2 anos
Atleta testou positivo duas vezes para esteroide anabolizante, em março; decisão cabe ao CAS
Houve um novo desdobramento no caso do número 1 do mundo, Jannik Sinner: a Agência Mundial Antidoping (WADA) anunciou no sábado que apelou da absolvição dele e pediu a suspensão do jogador italiano por um período de um a dois anos.
Embora tenha sido inocentado pela Agência Internacional para a Integridade do Tênis (Itia) depois de ter testado positivo duas vezes para clostebol, um esteroide anabolizante, em março, Sinner se envolveu em um caso que abalaria a hierarquia no topo do tênis mundial.
Cabe agora ao Tribunal Arbitral do Esporte (CAS) decidir o dilema envolvendo o vencedor do Aberto da Austrália e do Aberto dos Estados Unidos.
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Em primeira instância, um tribunal independente concluiu que o jogador italiano de 23 anos não cometeu o ato com "nenhuma culpa ou negligência" — uma decisão "incorreta no que diz respeito às regras aplicáveis", na avaliação da Wada.
Como resultado, o órgão antidoping com sede em Montreal "solicita um período de suspensão de um a dois anos" contra Jannick Sinner.
Ele já teve os pontos ATP e os ganhos retirados do Masters 1000 de Indian Wells, torneio em que testou positivo e no qual chegou às semifinais.
Jannik Sinner, que se classificou no sábado para as quartas-de-final do torneio de Pequim, encara com o espanhol Carlos Alcaraz na próxima rodada do circuito ATP. Nesta temporada, os dois jogadores dividiram os quatro torneios do Grand Slam.
Há três semanas, Sinner se tornou o primeiro jogador italiano a vencer em Flushing Meadows.
Spray de venda livre
Em plena ascensão após conquistar seu primeiro título importante, em Melbourne, Sinner havia passado por dois testes antidoping positivos em março de 2024 com oito dias de intervalo: em 10 de março, durante o torneio de Indian Wells, e em 18 de março, fora de competição, mas pouco antes do torneio de Miami. Vestígios de clostebol foram encontrados em sua urina.
Nas duas vezes, o jogador recorreu, o que lhe permitiu reduzir as suspensões automáticas (de 4 a 5 de abril para a primeira, de 17 a 20 de abril para a segunda).
O italiano defendeu-se explicando que sofreu "contaminação por um membro da sua equipe, que aplicou na própria mão um spray de venda livre contendo clostebol para tratar uma pequena lesão", segundo a Agência Internacional para a Integridade do Tênis. O órgão aceitou a defesa e o inocentou oficialmente no final de agosto.