Jardine cogita Reinier e espera jogo "gostoso de ver" da seleção contra o México
Treinador brasileiro estuda as opções para substituir Matheus Cunha, que deverá desfalcar a equipe por conta de uma lesão na coxa
Além de Malcom e Paulinho, o técnico André Jardine abriu mais possibilidades de escalação caso Matheus Cunha seja desfalque da seleção brasileira nesta terça-feira (3), às 5h, contra o México, pela semifinal do futebol masculino nas Olimpíadas de Tóquio. Uma das alternativas apontadas pelo comandante é o meia Reinier, o que mudaria a forma de jogar da equipe, que manteve a mesma base nos quatro jogos até agora.
"A gente trabalhou com várias possibilidades, usamos até os últimos minutos antes do treino para tomar a decisão de quem jogaria porque nosso elenco dá possibilidades diferentes. Primeiro estudamos bastante o México para tentar pegar através do adversário alguma pista. Lamentamos a situação do Cunha, mas isso abre possibilidade de alguma situação que o México não espera", afirmou o treinador em entrevista coletiva concedida após o treino de hoje (2), em Kashima.
Depois, Jardine mencionou as alternativas pensadas para além dos substitutos naturais Malcom e Paulinho: Reinier, como segundo meia alinhado com Claudinho, e Matheus Henrique ou Gabriel Menino, para fortalecer o meio-campo contra o México: "Trabalhamos uma dessas possibilidades, mas não vou contar para não facilitar a vida do México. Digo que essa opção pode potencializar o jogador que entra numa função que domina completamente e que a coletividade e identidade não saem prejudicadas porque o elenco é forte e temos jogadores à altura."
Sobre Malcom e Paulinho, o treinador diferenciou os dois. Segundo ele, o primeiro é um jogador de beirada que joga pela direita, na mesma faixa e função de Antony, mas também pode ser deslocado para a esquerda; enquanto o outro pode atuar como ponta ou como centroavante graças às suas "capacidade de finalização, potência e velocidade". Apesar disso, ele pretende esperar até o fim por Matheus Cunha.
"Partimos do estudo do México para tomar essa decisão. A decisão está praticamente tomada, mas contamos com a recuperação do Cunha e a chance existe, porque ele não tem histórico de lesão muscular e nem sabe como é, fez exame e acredito que tenha chance", disse, antes de contar o que espera para o jogo de amanhã:
"Trato como um grande clássico mundial, de seleções de tradição que praticam futebol ofensivo. O México sempre vem com uma seleção forte, na última Copa do Mundo foi extremamente difícil e também tem tradição na base. É um clássico e acredito que seja mais aberto, porque nossos adversários depois da Alemanha jogaram só na defesa. Acredito que os times vão se duelar, se desafiar, se atacar, deve ser um jogo mais gostoso de ver, com jogadores de potencial de drible, jogo coletivo e ofensivo. E sendo semifinal de Olimpíada ganha um brilho especial."
O Brasil tem três vitórias e um empate nos quatro primeiros jogos das Olimpíadas e agora tenta entrar na disputa pela medalha de ouro contra Espanha ou Japão no sábado.
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