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Jean Carlos é denunciado por tentativa de agressão à árbitra Deborah Cecília

Ato aconteceu no segundo jogo da final do Campeonato Pernambucano, entre Retrô e Náutico, na Arena de Pernambuco

Jean Carlos, meia do NáuticoJean Carlos, meia do Náutico - Foto: Alexandre Aroeira/Folha de Pernambuco

O meia Jean Carlos, do Náutico, será julgado na próxima segunda (16) pelo Tribunal de Justiça Desportiva de Pernambuco pela confusão envolvendo a árbitra Déborah Cecília, na final do Campeonato Pernambucano, no dia 30 de abril, contra o Retrô, na Arena de Pernambuco. O atleta foi denunciado pela expulsão (em cotovelada desferida no volante Yuri Bigode) e, de acordo com o que foi relatado na súmula pela profissional do apito, "tentativa de agressão", após receber o cartão vermelho. O atleta pode pegar uma suspensão de até três meses.

Jean foi denunciado no artigo 254 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que pune quem "praticar jogada violenta". Pela expulsão, o atleta pode pegar um gancho de quatro a 12 partidas - a serem cumpridas no Campeonato Pernambucano do ano seguinte, sob a acusação de  "praticar agressão física durante a partida, prova ou equivalente". Já pela suposta tentativa de agressão à arbitra, a punição pode ser de 90 dias (metade de 180 dias, pena máxima), com efeito imediato, encaixando-se na situação do artigo 157 do CBJD, que cita infração "tentada, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente". No parágrafo um, é reforçado que "salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente à infração consumada, reduzida da metade".

Vale citar que a árbitra Debora Cecília relatou na súmula a situação, reforçando o argumento de que o jogador tentou agredi-la.  "Aos 22 minutos do primeiro tempo expulsei com cartão vermelho direto o senhor Jean Carlos Vicente, número 10 da equipe do Náutico, por desferir uma cotovelada fora da disputa da bola no rosto do seu adversário (...) Após eu ter apresentado o cartão vermelho direto, o jogador expulso partiu em minha direção na tentativa de me agredir, sendo contido pelo árbitro assistente Clóvis Amaral, e por seus companheiros de equipe, além disso relutou a sair do campo de jogo, sendo retirado por seus próprios companheiros de equipe", escreveu. Jean, por outro lado, reforçou que o movimento foi para mostrar o que ele tinha feito com Yuri e não uma tentativa de agressão.

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