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FUTEBOL FEMININO

Jenni Hermoso acusa federação espanhola de futebol de intimidação e ameaças

A atleta ficou de fora da última convocação e se solidarizou com suas colegas que estão na lista, mas que já manifestaram o desejo de não participarem da equipe

Jenni Hermoso, jogadora espanholaJenni Hermoso, jogadora espanhola - Foto: STEVE CHRISTO / AFP

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A jogadora Jenni Hermoso acusou a federação espanhola de "intimidar e ameaçar" as campeãs mundiais ao convocá-las contra a sua vontade para disputar dois jogos da Liga das Nações.

A espanhola, que durante a comemoração do título mundial recebeu um beijo forçado do ex-presidente da RFEF, Luis Rubiales, não foi convocada, mas manifestou seu apoio às demais companheiras.

"As jogadoras têm muita clareza de que se trata de mais uma estratégia de divisão e manipulação para nos intimidar e ameaçar com repercussões jurídicas e sanções econômicas", disse Hermoso, atualmente no mexicano Pachuca, em um comunicado no X (antigo Twitter).

 

 


O escândalo do beijo forçado causou um terremoto na federação, que levou à demissão de Rubiales e do técnico Jorge Vilda, substituído por sua assistente, Montse Tomé.

 

 

Na sexta-feira, 39 jogadoras, incluindo 21 das 23 que foram à Copa do Mundo da Austrália e da Nova Zelândia, afirmaram em um comunicado que não estavam oferecidas as condições para seu retorno a 'La Roja' e pediram mais mudanças em diferentes departamentos da federação.

Porém, nesta segunda-feira, a nova treinadora convocou quinze das campeãs e outras signatárias do documento para jogarem contra a Suécia e a Suíça na Liga das Nações, torneio que classifica para os Jogos Olímpicos de Paris-2024.

A maioria delas reagiu rapidamente, reiterando "sua vontade de não serem convocadas". As jogadoras deverão comparecer nesta terça-feira em Madri e, se não o fizerem, correm o risco de pesadas multas e de dois a quinze anos de suspensão da licença da federação.

"Quero mostrar todo o meu apoio às minhas colegas que hoje foram surpreendidas e forçadas a reagir a mais uma situação infeliz causada pelas pessoas que hoje continuam a tomar decisões dentro da RFEF", disse Hermoso no seu comunicado.

A maior artilheira da história da seleção espanhola não foi incluída na lista de convocadas porque, segundo Tomé, é "a melhor forma de protegê-la".

"Me proteger de quê? Ou de quem?", pergunta Hermoso no comunicado, onde destaca que as mesmas pessoas que pedem confiança na RFEF "lançam hoje uma lista com jogadoras que pediram para NÃO serem convocadas".

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