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Assédio

Jenni Hermoso pede, através de sindicato, que 'beijo de Rubiales não fique impune'

Luis Rubieles foi duramente criticado ao beijar a força a jogadora após conquista da Copa do Mundo

Jenni Hermoso, campeão mundial pela Espanha Jenni Hermoso, campeão mundial pela Espanha  - Foto: SAEED KHAN/AFP

Após ter sido beijada pelo presidente da Real Federação Espanhola de Futebol, a jogadora da Espanha, Jenni Hermoso, quebrou o silêncio. Através do Sindicato de jogadoras espanhola, atleta informou que “o meu sindicato FUTPRO, em coordenação com a minha agência TMJ, se encarrega de defender os meus interesses e de ser o interlocutor nesta matéria”. No comunicado, o sindicato em conjunto com Hermoso rejeita atitudes ou condutas que violem os direitos dos jogadores de futebol e do sindicato onde trabalham para que atos como o visto nunca fiquem impunes.

A atitude do presidente da federação recebeu duras críticas. Pedro Sánchez, primeiro-minstro da Espanha, concedeu uma entrevista coletiva no Palácio Moncloa, em Madrid, durante um evento oficial, nesta terça-feira, onde recebeu a delegação da seleção espanhola feminina, campeã do mundo no último domingo, na Austrália. O líder do país aproveitou o momento para fazer duras críticas ao presidente da Real Federação Espanhola de Futebol, Luis Rubiales.

Na sexta-feira, uma Assembleia Extraordinária convocada pelo presidente, após solicitação de outros membros da federação, deve decidir quais serão os próximos passos em relação ao caso. Mas segundo informações do jornal espanhol Marca, pode ser que a decisão sobre o futuro de Rubiales seja tomada por outra entidade: o Tribunal Administrativo do Esporte (TAD, na sigla em espanhol), o que equivale no Brasil ao TJD.

O comunicado sobre o que aconteceu com Luis Rubiales após a conquista da Copa do Mundo diz o seguinte:

"Da nossa associação pedimos à RFEF que implemente os protocolos necessários, garanta os direitos dos nossos jogadores e adote medidas exemplares. É fundamental que a nossa equipe, atual campeã mundial, seja sempre representada por figuras que projetam valores de igualdade e respeito em todas as áreas. É preciso continuar avançando na luta pela igualdade, luta que nossos jogadores têm liderado com determinação, nos levando à posição em que hoje nos encontramos.

Apelamos também ao Conselho Superior do Desporto para que apoie e promova ativamente a prevenção e intervenção contra o assédio ou abuso sexual, o machismo e o sexismo nas competições.

A FUTPRO rejeita qualquer atitude ou conduta que viole os direitos dos jogadores de futebol e do sindicato onde trabalhamos para que atos como os que vimos nunca fiquem impunes, sejam sancionados e sejam adotadas as medidas pertinentes para proteger os jogadores de futebol de ações que acreditamos são inaceitáveis".

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