Joanna Maranhão lista momentos marcantes da carreira
Se despedindo da natação após obter resultados históricos no esporte, Joanna Maranhão recorda fatos marcantes
Ao encerrar o ciclo de mais de 15 anos na natação competitiva, a pernambucana Joanna Maranhão tem uma infinidade de momentos a recordar, cada um despertando um sentimento diferente. A Reportagem da Folha de Pernambuco a convidou para eleger cinco momentos de destaque em sua trajetória.
"O ano de 2008 é bem especial, foi o pior ano de resultados, mas muito significativo o fato de ter me recuperado e conseguido o índice para Pequim", destaca, citando o ano no qual externou o episódio de abuso sexual sofrido na infância.
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O ano de 2004 e os Jogos de Atenas também foram lembrados. "Era uma época em que eu só pensava na natação", diz ela, que foi quinta colocada na final dos 400 medley, o melhor resultado da natação brasileira feminina em Olimpíada até hoje, ao lado de Piedade Coutinho.
"O Pan de 2015 também é muito especial. Foi quando baixei os 4min40s que tinha feito em Atenas (fez 4min38s07). Aos 28 anos, consegui ser mais rápida que aos 17." A excelente temporada feita por Joanna em 2017 também foi apontada entre os momentos mais marcantes. "Depois de um 2016 bom, o Pinheiros/SP me dispensou alegando que eu estava velha. Fui para a Unissanta, fiz uma temporada de recordes e final no Mundial. Foi maravilhoso", recorda.
Por fim, a classificação para as semifinais dos 200 metros medley nos Jogos de Londres-2012. "Eu tinha caído dias antes, nadei com o coração, superei pensamentos de auto boicote, de que não seria capaz. Sempre gostei desse processo de humanização da carreira, dos significados, de ir além do comer, treinar, dormir", pontua ela, que levou a bandeira pernambucana aos quatro cantos do mundo e, no mês passado, foi homenageada com a inserção no Espaço Pernambuco Imortal, localizado na Arena de Pernambuco.