Joaquim Bezerra retorna ao posto de presidente do Santa Cruz e anuncia colegiado
Mandatário volta após 30 dias de licença do cargo, com suporte de ex-mandatários, como Antônio Luiz Neto
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De volta e acompanhado. Após 30 dias de licença, Joaquim Bezerra retorna ao cargo de presidente do Santa Cruz. No entanto, não atuará sozinho ou junto apenas à sua diretoria, mas sim com um colegiado de gestão, formado por ex-presidentes, conselheiros, empresários e outros tricolores notáveis. A medida foi tomada visando pacificar a política e auxiliar nas demandas mais urgentes do clube. O anúncio foi feito em coletiva de imprensa realizada na tarde desta sexta-feira (19), na sede social do clube, no Arruda. O colegiado de gestão tricolor contará com os ex-presidentes Antônio Luiz Neto, Rodolfo Aguiar, Alexandre Mirinda e João Caixeiro.
A coletiva foi aberta com a fala do presidente do Conselho Deliberativo, Marino Abreu, que estava interinamente na presidência do clube. Marino agradeceu a confiança depositada e afirmou que seu objetivo era buscar a paz no clube e acredita ter tido êxito, ao menos em parte.
"Foi uma honra para mim estar a frente do clube, mesmo que por um período muito curto. O Santa Cruz chama e a gente atende. Meu objetivo nos 30 dias era buscar a paz, para que o clube pudesse trabalhar e fico feliz que pelo menos um principio de paz conseguimos costurar. Nao tenho como prever o futuro, mas pelo menos uma semente plantamos", disse Marino.
Em sua primeira fala após retornar à presidência do Santa Cruz, Joaquim relatou a motivação para pedir a licença de 30 dias. De acordo com ele, após o rebaixamento para a Série D e a eliminação na classificatória da Copa do Nordeste, foi preciso "parar e ajustar a rota", onde ele, junto a Rogério Guedes (conselheiro do clube), passaram a buscar as pessoas que tem o "DNA do Santa Cruz".
"Rogério foi o grande protagonista dessa reconciliação. Nunca deixou de nos ajudar. Quando chegamos nessa situação de cair pra Série D e perdendo a seletiva da Copa do Nordeste, vi que era preciso parar e ajustar a rota. Dias depois chamei Rogério e decidimos buscar o apoio daquelas pessoas que tem o DNA do Santa Cruz, que são aquelas que estão aqui dentro e sempre estiveram, brigando, lutando e não poderiam estar distantes por divergências políticas. Até porque a melhor política é a que seja melhor para o Santa Cruz", disse.
Ao encerrar sua fala, Joaquim passou a palavra para Antônio Luiz Neto, membro do colegiando, afirmando que agora são "co-presidentes", fazendo alusão ao período em que foram vice-presidente e presidente, respectivamente, entre os anos de 2011 e 2014. Em sua extensa fala, Antônio evocou momentos importantes da história do Santa Cruz e suas figuras ilustres, para exaltar o espírito da torcida e a importância de cuidar do patrimônio do clube.
No entanto, em ambos os discursos, Joaquim e Antônio pregaram a união dentro do clube e pediram paciência, para que não haja pressa ou cobrança por conquistas, que virão apenas com trabalho.