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ARGENTINA

Jogador argentino do Colón está desaparecido, e carro dele é encontrado abandonado

Brian Fernández, que já foi preso e suspenso por doping, faltou aos últimos treinos do Colón

Carro de Brian Fernández foi encontrado vandalizado em um local deserto na cidade de Santa Fé, na Argentina Carro de Brian Fernández foi encontrado vandalizado em um local deserto na cidade de Santa Fé, na Argentina  - Foto: Divulgação / Teledoce

Pouco tempo depois de o treinador do argentino Colón, Néstor Gorosito, afirmar que o atacante do clube Brian Fernández havia faltado aos últimos dois treinos, o carro de luxo do jogador foi encontrado abandonado e vandalizado em um local deserto na Santa Fé, na Argentina.

“Brian Fernández faltou a dois treinos. Eu não tinha permissão. Eu disse a ele que estava dando uma chance a ele e dei a ele duas. É isso", disse Gorosito na última entrevista coletiva do clube, depois de anunciar que o jogador esteve ausente dos treinos durante a semana. Desde então não há detalhes sobre o paradeiro do atacante, com passagens por Defensa y Justicia, Racing e Ferro.
 

No ano passado, Fernández já havia sido detido em Santa Fé por "ultrajes na via pública", já que foi encontrado atirando pedras em um ônibus. Desse episódio, inclusive, foi gravado um vídeo em que o jogador, que estava seminu, é observado gritando "não fiz nada com ele", enquanto é detido por dez militares. De acordo com o boletim de ocorrência, o jovem estava sob efeito de drogas, em nova recaída devido a problemas de dependência.

O psicólogo do atacante, Osvaldo Chiarlo, deu declarações à Rádio EME:

“Colón e Gorosito terminaram de soltar a mão de Brian. Como sociedade, somos totalmente imaturos, somos máscaras. Brian nos ensina o que acontece com 90% das pessoas que vivem nessa cultura de consumo e no futebol.”

Problemas com vícios
O jogador iniciou a carreira na Defesa e Justiça, em 2012, e fez parte da equipe comandada por Diego Cocca que chegou à primeira divisão em 2014. Seu desempenho chamou a atenção do Racing, que contratou o jogador. Porém, foi no clube de Avellaneda que seus primeiros problemas com vícios foram conhecidos.

Em meados de 2015, ele testou positivo para cocaína, pelo que recebeu um ano e meio de suspensão. Após essa sanção, passou por vários clubes; no Unión La Calera, do Chile, marcou 11 gols em 12 jogos, e no Necaxa, do México, acabou deslanchando, com 16 gols em 30 jogos.

Em 2015, porém, Fernández chegou ao fundo do poço e passou sete meses em um centro de reabilitação em Tijuana, no México. A partir desse momento, ele contou mais tarde: “No México, eu estava trancado em uma montanha, no topo de tudo. Eu nem vi o sol. Sete meses eu fiquei preso lá. Preguei uma peça a mim mesmo e paguei por isso. Muita gente não sabe o que se viveu”.

Em entrevista ao programa de rádio "Primer Tiempo", ele abriu o coração e disse: "As drogas te arruínam, te deixam sem vida. Passei por momentos difíceis, mas agora quero jogar futebol e ser feliz. Estou muito com amigos e familiares, a contenção é essencial. A bola cura feridas”.

O passo seguinte foi rumo à MLS, quando o Portland Timbers apostou nele. No entanto, a franquia dos Estados Unidos decidiu romper seu contrato após ter burlado um protocolo contra o vício em drogas. Em seguida, Fernández ingressou no Colón em janeiro de 2020. No time de Santa Fé, ele disputou cinco partidas e marcou um gol, contra o Independiente, em novembro do ano passado. No Sabalero, o atacante também sofreu com alguns problemas fora de campo esporte e não compareceu aos treinos por vários dias.

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