Jogadora de futebol, pernambucana de 18 anos faz vaquinha para conseguir custear testes em São Paulo
Moradora de Carpina, na Mata Norte, Laysa quer arrecadar dinheiro para pagar a passagem
Para realizar o sonho de fazer testes durante uma semana em um centro de treinamento de futebol profissional em São Paulo, a pernambucana Laysa Mardelli, 18 anos, moradora de Carpina, na Mata Norte de Pernambuco, lançou uma campanha de financiamento coletivo para conseguir arcar com o valor da passagem. Na viagem, que está marcada para o dia 16 de julho, quase tudo está incluso, exceto o transporte, que será feito de ônibus. De origem humilde, Laysa conta que a única forma de conseguir viajar é através do dinheiro arrecadado na vaquinha, que pretende arrecadar cerca de R$ 1,5 mil.
A jovem recebeu a proposta após ser descoberta por um olheiro que observava o treino de seu atual time, o Revelação, de Cajueiro Seco, em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife. "Tinham mais de 20 meninas no dia, e ele selecionou somente oito", conta. Segundo Laysa, além dela, outras três meninas vão viajar para realizar a semana de testes.
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De início, a jovem atleta conta que a família ficou receosa com a proposta recebida por ela. "Meus familiares ficaram bem acanhados no começo, porque pensaram que poderia ser um golpe e que poderia não dar certo, mas eles sabem que é o meu sonho", relata. "Com o tempo, eles foram se acalmando e, juntos, começamos a pensar em como fazer dar certo. Foi quando tive a ideia de pedir ajuda através das redes sociais", continua Mardelli.
Ela conta que o apoio que tem recebido da família é fundamental para seguir na luta pelo sonho. "O apoio que recebo de todos, mas principalmente da minha avó, é essencial e é o que me encoraja e motiva. Eles estão me ajudando como podem e querem que eu vá para conquistar o meu objetivo de me tornar uma atleta profissional", compartilha Laysa.
Apesar de atuar no futebol de campo, a jovem jogadora iniciou a sua trajetória no futsal. O pontapé inicial de Laysa foi no Carpina Futsal Feminino, há quase cinco anos. "Sou muito grata ao futsal porque foi lá que comecei. O encanto com o campo é mais recente, mas é avassalador", diz, sem esquecer de mencionar os treinadores que abriram as portas do esporte para ela. "Na época do Sub-17, Marcus Girão era o professor responsável. Ele nos levava para várias competições. Depois teve Brivaldo Gonçalves e agora estou com Rayza Barros", finaliza.
As doações, de qualquer valor, podem ser feitas pela vaquinha. Também é possível doar através do pix [email protected].