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Copa do Mundo

Jogo entre Brasil e Coreia do Sul reúne coreanos e brasileiros no Recife

Tradicional restaurante coreano na Zona Norte do Recife teve torcida brasileira e coreana

A torcida esteve dividida no restaurante Borgogui - uma tradicional casa coreana localizada no bairro de Casa Forte, na Zona Norte do Recife A torcida esteve dividida no restaurante Borgogui - uma tradicional casa coreana localizada no bairro de Casa Forte, na Zona Norte do Recife  - Foto: Alexandre Aroeira / Folha de Pernambuco


A torcida esteve dividida no restaurante Borgogui - uma tradicional casa coreana localizada no bairro de Casa Forte, na Zona Norte do Recife - para acompanhar o jogo entre Brasil e Coreia do Sul, nesta segunda (5), pelas oitavas de final da Copa do Catar. De um lado, a família Choi, que fundou o estabelecimento há 17 anos. Do outro, os seus fiéis fregueses brasileiros.

Durante a transmissão da partida, a família Choi esteve representada pelo patriarca, Kong Piu Choi, 82, ao lado de sua esposa, Soon Ja Choi, 80, dos filhos Pedro e Helena e do neto, o pequeno Samuel. “Apenas eu e minha esposa torcemos para a Coreia, o resto da família é Brasil”, comentou Konk Choi. 

Mas Helena, uma das filhas de Kong, revelou sua preferência pelo país asiático, apesar de ter nascido no Brasil. “Meu coração fica dividido meio a meio, mas lá no fundinho estou torcendo mais para a Coreia”, confessou. Já Hely Ribeiro, seu marido, não escondeu a torcida pelo Brasil. “Eu fico dividido, mas meu coração é brasileiro”, disse.

A simpática coreana Soon Ja Choi, 80 anos, durante o jogo entre Brasil e Coreia, pelas oitavas de finaisA simpática coreana Soon Ja Choi, 80 anos, fez caras e bocas nos gols da seleção brasileira Foto: Alexandre Aroeira / Folha de Pernambuco

“Eu nasci na Coreia, mas vim para o Brasil ainda bebê. Minha formação foi toda aqui. O coração fica dividido, vou torcer para quem tiver atacando”, brincou Pedro Choi. Ele acompanhou o jogo ao lado do filho Samuel. Ele, usando as cores da Coreia do Sul.O filho, de verde e amarelo.

Entre os fregueses, prevaleceu o verde e amarelo. Rafaela Veras, 38 anos, é frequentadora do restaurante e explicou o motivo de acompanhar o jogo ali. “Eu sempre gostei de aprender novas línguas. Atualmente estava interessada em aprender uma língua asiática e aqui parece um ambiente muito propício para isso. O Recife foi feito de muitas raízes. E hoje estou descobrindo uma raiz asiática na cidade”.

A seleção brasileira construiu o largo placar já no primeiro tempo, marcando 4x0. A cada gol brasileiro, o clima era de zoação (sem perder o respeito) dos fregueses com a família coreana, que respondia com caretas descontraídas. O gol da Coreia do Sul, no segundo tempo, foi o prêmio de consolação para a família Choi, que acabou comemorando junto aos brasileiros um dia alegre e inusitado.

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