Jovem do Alto José do Pinho, no Recife, busca por doações para participar de campeonato de karatê
Appolo Silva, de 18 anos, faz parte da seleção brasileira de karatê e foi convocado para disputar o Pan-Americano da modalidade, em São Paulo, a partir do dia 26 de agosto
Na mitologia grega, Apolo foi o Deus do Sol, das artes, da música, da profecia e da medicina. Filho de Zeus com Leto, a divindade também tocava lira e foi o responsável por matar a grande serpente Píton. E é buscando também vencer grandes adversários que Appolo Silva, jovem de 18 anos, morador do Alto José do Pinho, no Recife, tenta fazer história no karatê.
Apesar da pouca idade, Appolo já tem um currículo vitorioso: já são mais de 50 títulos estaduais e 10 conquistas a nível nacional, em sua trajetória.
Trajetória essa que começou desde cedo. Logo aos quatro anos de idade, Appolo já iniciava ali a sua vida no karatê, como destacou a sua mãe, dona Síliva Maria.
"Appolo sempre foi um menino dedicado ao esporte. Quando criança, praticava três: natação, futebol e karatê. Com o passar dos anos, se dedicou muito ao karatê", conta.
"No começo eu fiquei vidrado no esporte por ser uma luta. Eu gostava bastante de ver aquilo, o que me levou a participar também", confessou Appolo.
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Aos nove anos, competiu pela primeira vez, levando logo de cara o título do Campeonato Pernambucano e Brasileiro. Aos 11, o jovem já alcançava a faixa preta da modalidade.
O treino e dedicação do jovem seguiu ao longo dos anos e, no ano passado, Appolo passou a integrar a seleção brasileira de karatê. Resultado: o jovem participou de seu primeiro Pan-Americano, em Santiago, no Chile, e ficou entre os oito melhores da competição.
Mas para Appolo, isso é só o começo. O atleta já garantiu que espera alcançar voos maiores no futuro.
"Meu principal objetivo no karatê é chegar a uma olimpíada e a um campeonato mundial e sair campeão", admitiu.
E para além da determinação do jovem como atleta, Appolo é reconhecido como uma grande pessoa por Paulo Franco, Sensei do Team Paulo Franco, lugar onde treina, e coordenador técnico da seleção pernambucana.
"Appolo é um aluno que eu tenho como filho, por todo esse tempo na arte marcial. Ele passou por muitas dificuldades junto com sua família e com sua mãe, dona Sílvia, que veio acreditando no potencial desse garoto", iniciou.
"Ele era um garoto que só vivia chorando e que não queria ficar nos treinos, mas aí a mãe dele insistiu e ele deu continuidade. Aí ele foi crescendo e absorvendo o verdadeiro significado do karatê, que é seguir a essência dentro de uma filosofia e dentro de uma disciplina que não é só socar, chutar, troféu e medalha, mas sim se tornar um cidadão com honra, lealdade, respeito, caráter, fidelidade e que também sabe ser grato", completou.
Faixa preta no karatê, Appolo também se destaca por ser faixa preta nos estudos. O jovem irá estudar licenciatura em educação física na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), a partir do próximo semestre, e já pensa em complementar a graduação no futuro.
"Estou ansioso para conhecer lá e me acostumar à rotina, mas acho que vai ser legal e depois fica fácil. Depois vou fazer bacharelado também. Quero as duas formações", afirmou.
Enquanto ainda não começa a vida acadêmica, Appolo volta agora suas atenções para a próxima competição de karatê. Pelo segundo ano consecutivo, o lutador foi convocado participar novamente do Pan-Americano da modalidade, que acontece dos dias 26 de agosto a 1º de setembro, em São Bernardo do Campo, interior do São Paulo.
Contudo, para participar novamente da competição sul-americana, Appolo precisará de ajuda. O atleta não está com condições de arcar com os custos de viagem e material de competição (luvas, caneleiras, kimonos), que giram em torno de R$ 4,5 mil.
Para isso, Appolo e sua mãe estão pedindo por doações de qualquer quantia para que ele possa lutar na competição.
Para contribuir, basta enviar um pix para o CPF: 754.124.704-91, no nome de dona Sílvia. Para ajudar o atleta com parcerias ou patrocínios, basta contactá-lo pelo instagram.