Krejcikova bate Paolini, conquista Wimbledon e repete feito de mentora
Os três anos de convivência transformaram Krejcikova, que conquistou o título de Roland Garros sendo a número 33 do mundo
Em uma partida de altos e baixos, a checa Barbora Krejcikova venceu a italiana Jasmine Paolini na final de Wimbledon neste sábado por 2 a 1 (6/2, 2/6 e 6/4) e igualou o feito de sua mentora, Jana Novotna, campeã do Grand Slam inglês em 1998. Foi a oitava campeã diferente nas oito últimas edições.
Há uma década, uma ousada adolescente apareceu sem ser convidada, com a mãe, na porta de Jana Novotna em Brno, na República Checa, para perguntar se ela poderia oferecer ajuda e conselhos. Novotna se tornou a mentora de Krejcikova até sua morte por câncer, aos 49 anos, em 2017.
Os três anos de convivência transformaram Krejcikova, que conquistou o título de Roland Garros sendo a número 33 do mundo e agora na 32ª posição no ranking, depois de uma temporada lutando contra uma lesão nas costas, levou seu segundo título de simples de Grand Slam.
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Campeã de Roland Garros em 2021, 10 vezes vencedora de duplas em Grand Slam, Krejcikova já foi a número dois do mundo em simples e atingiu o topo do ranking em duplas. O título em Wimbledon leva a tenista de 28 anos de volta ao top 10 do ranking.
Primeira mulher desde Serena Williams em 2016 a disputar finais consecutivas no saibro de Roland Garros e na grama de Wimbledon, a italiana Polini disputou sua segunda decisão de Grand Slam. Em três participações anteriores em Wimbledon, ela nunca havia vencido na grama inglesa.
Em sua caminhada para se tornar a primeira tenista de seu país a alcançar a decisão de Wimbledon na Era Aberta (a partir de 1968), Paolini protagonizou a mais longa semifinal da história do torneio ao vencer Donna Vekic após 2 horas e 51 minutos. Apesar da derrota neste sábado, a italiana sobe dois postos e chega ao seu melhor ranking, no quinto posto.
Paolini começou a final mais presa. Perdeu o saque logo no game inicial e voltou a ter o serviço ameaçado no terceiro game, mas conseguiu sustentá-lo. A checa obteve nova quebra no quinto game e logo abriu 4 a 1. Depois, só precisou seus serviços para fechar em 6/2 em apenas 35 minutos.
Após se retirar para os vestiários depois de ser dominada no primeiro set, Paolini voltou com outra postura na segunda parcial. Vibrou ao confirmar seu serviço, quebrou o saque da adversária na sequência e abriu 3 games a 0. Paolini voltou a derrubar no serviço da checa no oitavo game, fechou o set em 6/2 e empatou a final em 1 a 1.
Foi a vez então de Krejcikova se dirigir ao vestiário. No set decisivo, as finalistas foram confirmando os serviços até o sétimo game, quando Paolini perdeu o saque com uma dupla falta. A checa, então, só precisou confirmar seus serviços, após salvar dois break points e desperdiçar dois match points no décimo game, para chegar ao título.