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Lei municipal reconhece Trio de Ferro da Capital como patrimônio imaterial e cultural do Recife

Projeto de lei, sancionado pelo prefeito João Campos, foi publicado no Diário Oficial do Município nesta terça (10)

Estádios do Trio de FerroEstádios do Trio de Ferro - Foto: Divulgação; Alexandre Aroeira/Folha

O Prefeito do Recife, João Campos, sancionou nesta terça (10) um projeto de lei (PLO 104/2023), de autoria vereador Ebinho Florêncio (Podemos), que reconhece Náutico, Santa Cruz e Sport como patrimônios culturais e imateriais da capital pernambucana. 

"Verificamos a necessidade de registrar a importância cultural e imaterial dos referidos Clubes no município do Recife, fazendo deles não apenas um motivo de orgulho de suas respectivas torcidas, mas, a partir de então, representantes de toda a tradição, com suas honradas e afamadas histórias, e seu vínculo veemente com o município", informou o texto do projeto.

Vale citar que, em 2014, já havia sido aprovado um projeto de lei, de autoria do ex-deputado estadual Wanderson Florêncio, irmão justamente de Ebinho, que reconheceu os brasões dos três principais clubes da capital também como patrimônios imateriais e culturais do Recife.

Além de conquistas estaduais, o Trio de Ferro tem feitos nacionais. O Sport é campeão do Brasileiro de 87, da Copa do Brasil de 2008 e da Série B de 1990, além de conquistas regionais. Santa Cruz e Náutico já levantaram os canecos da Série C em 2013 e 2019, respectivamente.

O Sport está atualmente na Série B do Campeonato Brasileiro, brigando pelo acesso à Série A. O Náutico está na Série C, enquanto o Santa Cruz não terá divisão nacional em 2024.  

“Nós que atuamos diretamente nas ruas e levantamos a bandeira do esporte aqui, em nossa cidade, sabemos da suma importância da influência desses três clubes para todos que fomentam o esporte no Recife", afirmou Ebinho. 

A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) define como patrimônio imaterial "as práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas – com os instrumentos, objetos, artefatos e lugares culturais que lhes são associados - que as comunidades, os grupos e, em alguns casos os indivíduos, reconhecem como parte integrante de seu patrimônio cultural." A explicação está de acordo com a Convenção da Unesco para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial, ratificada pelo Brasil em março de 2006.  

 O patrimônio imaterial é transmitido de geração a geração, constantemente recriado pelas comunidades e grupos em função de seu ambiente, de sua interação com a natureza e de sua história, gerando um sentimento de identidade e continuidade, contribuindo para promover o respeito à diversidade cultural e à criatividade humana.  

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