Liberdade negada e mudança de versão: entenda novidades do caso Daniel Alves
Durante o carnaval, tribunal de Barcelona decidiu manter em prisão preventiva o jogador de 39 anos
A semana de Carnaval foi intensa para Daniel Alves, preso desde o dia 20 de janeiro em Barcelona acusado de estuprar uma mulher em uma boate no final de 2022. Durante o período de festa no Brasil, o jogador mudou a versão dos fatos, recebeu uma visita do advogado, ganhou uma esperança no caso graças a imagens de câmeras de segurança e teve sua liberdade negada.
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• Daniel Alves permanecerá em prisão preventiva por "elevado risco de fuga"
Daniel Alves alegou que estava bêbado na noite em que esteve na boate Sutton e disse para sua mulher, a modelo Joana Sanz, que não se lembra de nada do que aconteceu.
Advogado de Daniel Alves, Cristóbal Martell visitou o jogador de 39 anos na prisão para explicar os próximos passos do processo e garantiu o brasileiro está tranquilo com a situação.
Duas câmeras de segurança mostram que Daniel Alves não entrou no banheiro com vítima. Segundo o jornal El Periódico, a cena gravada captura a silhueta do jogador fora do banheiro.
O Tribunal de Barcelona decidiu manter Daniel Alves em prisão preventiva devido a um "elevado risco de fuga".
Mudança de versão
Na sexta-festa, véspera de Carnaval, Daniel Alves teria dito para sua mulher, a modelo Joana Sanz, que não se lembra de nada do que aconteceu na boate Sutton. O jogador alegou que estava embriagado na noite em que esteve na casa noturna, quando teria violentado uma jovem de 23 anos dentro do banheiro da área VIP.
De acordo com a rede de televisão Telecinco, o brasileiro telefonou duas vezes para Joana Sanz antes de ela tê-lo visitado no presídio. Em ambas ocasiões, ele teria afirmado não guardar qualquer recordação da noite de 30 de dezembro do ano passado porque estava bêbado. Daniel Alves mudou a versão dos fatos pela quinta vez desde que o caso começou.
Visita do Advogado
Advogado de Daniel Alves, Cristóbal Martell visitou o jogador de 39 anos na prisão, também na última sexta-feira, para explicar os próximos passos do julgamento. Em sua saída, o responsável pela defesa do atleta foi parado pela imprensa local e garantiu que o brasileiro está tranquilo com a situação.
Ele me disse que está em paz porque sabe a verdade, declarou o advogado ao sair da penitenciária de Brians 2.
A mãe e o irmão de Daniel Alves também estiveram presentes na visita junto do advogado. A informação é do jornal espanhol Mundo Deportivo.
Imagens da câmera de segurança
As imagens de duas câmeras de segurança, reveladas na segunda-feira, podem ser fundamentais para o futuro de Daniel Alves. Segundo o jornal El Periódico, a cena gravada captura a silhueta do jogador fora do banheiro.
Ainda de acordo com o portal, as imagens não são nítidas, mas mostram uma pessoa na porta do banheiro com um tênis branco e uma camiseta da mesma cor que o jogador estava vestindo, o que indicaria que Dani Alves não estava dentro do local quando a jovem se dirige para lá, mas sim perto da porta. A mulher, no entanto, sustenta que não ingressou no banheiro sozinha e que o jogador teria insistido para ela entrar no local.
Contudo, mesmo com as supostas imagens, a juíza do caso já afirmou que acredita haver "indícios suficientes" de que houve um estupro. Entre as provas que pesam contra o Daniel Alves, há o resultado de um teste de DNA que comprova sêmen do atleta na roupa da vítima, além de impressões digitais no banheiro do local.
Liberdade negada
O Tribunal de Barcelona decidiu, na última terça-feira, manter em prisão preventiva o jogador Daniel Alves enquanto aguarda julgamento devido ao "alto risco de fuga".
A Justiça espanhola considera que "existe um elevado risco de fuga relacionado, por um lado, à elevada pena que pode ser aplicada no presente caso, aos graves indícios de criminalidade contra ele e à volumosa capacidade econômica que lhe permitiria, como dissemos, deixar a Espanha a qualquer momento", disse o tribunal em um comunicado.
Para o tribunal, a retirada do passaporte do ex-jogador do FC Barcelona, de 39 anos, "não o impediria (...) de deixar a Espanha por via aérea ou marítima ou mesmo por terra sem documentação", continuou o comunicado.