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Ligas europeias pedem garantias diante de reforma da Champions

Umas das alegações é a reforma vai favorecer os clubes mais poderosos

Presidente da Uefa, Aleksander Ceferin, prometeu uma compensação econômica aos campeonatos de médio e pequeno portePresidente da Uefa, Aleksander Ceferin, prometeu uma compensação econômica aos campeonatos de médio e pequeno porte - Foto: ARIS MESSINIS/AFP

Devido à reforma da Liga dos Campeões, que favoreceria os clubes mais poderosos, o novo presidente da Uefa, Aleksander Ceferin, prometeu uma compensação econômica aos campeonatos de médio e pequeno porte. O conjunto de ligas europeias (EPFL), que se reúne nesta sexta-feira em Zurique, pede outras garantias. Um futebol europeu divido entre ricos e pobres: essa é a denúncia da EPFL, que reúne 25 campeonatos europeus, em relação à reforma da Liga dos Campeões que o novo presidente da Uefa, Aleksander Ceferin, quer empreender.

O eslovaco, sucessor de Michel Platini, garante que nada foi decidido sobre a dita reforma, que garantiria no período 2018-2021 quatro vagas na Champions para os campeonatos da Espanha, Alemanha, Inglaterra e Itália. Essa medida compromete a situação de clubes de menor porte, que se opõe fortemente ao projeto. O presidente da EPFL, o sueco Lars-Christer Olsson, citou uma rendição da Uefa diante dos grandes clubes.

Para tentar apagar o incêndio, ambos os dirigentes se reuniram em 6 de outubro na sede da Uefa, em Nyon, na Suíça, e o encontro foi "frutífero", realizado em um "ambiente construtivo", garantiu a EPFL em comunicado. "A distribuição de uma ajuda econômica para os clubes eliminados durante a fase de classificação para as competições europeias é muito importante para o desenvolvimento do futebol", lembrou a EPFL.

Mini Liga Europeia

Prova da aproximação de posturas, Ceferin garantiu no sábado que uma reforma da Liga dos Campeões seria acompanhada de uma ajuda financeira às pequenas e médias Ligas. "É claro que faremos qualquer coisa para ajudar as ligas de pequeno e médio porte. Pode ser via recursos financeiros mais elevados", declarou Ceferin em entrevista coletiva ao jornal eslovaco Dnevnik, completando que ainda estuda a ideia.

Neste contexto, as 25 ligas europeias se reúnem nesta sexta-feira em Zurique. Apesar de um boicote em grande escala não parecer provável, algumas alternativas foram cogitadas. Assim, o FC Copenhague dinamarquês, que disputa nesta temporada a Liga dos Campeões, revelou na semana passada que conversou com outros clubes escandinavos (Malmö na Suécia e Rosenborg na Noruega), holandeses (Ajax, PSV, Feyenoord), belgas (Brugge e Anderlecht) e escoceses (Celtic e Rangers) para formar uma nova mini Liga europeia que faria com que abandonassem seus respectivos campeonatos.

O projeto ainda não tomou corpo, mas seria uma resposta para o novo formato da 'Champions'. "Se não reagirmos agora, veremos os grandes clubes crescer ainda mais, o que dificultará ainda mais para o resto", explicou.

A Assembleia-geral da EPFL, prevista para esta sexta-feira, será procedida na quinta-feira por um seminário sobre "a boa governança".

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